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Corumbá tem surto de conjuntivite e Vigilância em Saúde alerta sobre automedicação

Lívia Gaertner em 18 de Janeiro de 2018

Os olhos vermelhos, coceira e secreção denunciam que algo não está normal. O quadro que vem se repetindo com frequência na população levou a Secretaria Municipal de Saúde a declarar surto de conjuntivite em Corumbá. Os casos, que começaram a ser registrados este mês em unidades de saúde do município, já somam quase 70 até a quarta-feira, 17, segundo dados da Gerência da Vigilância em Saúde que emitiu nota técnica sobre a doença ocular.

“Tivemos um aumento considerável de casos num curto espaço de tempo, porém a gente acredita que esse número pode ser maior porque sabemos que muitas pessoas não procuram a unidade de saúde”, afirmou, Viviane Ametlla, gerente da Vigilância em Saúde de Corumbá, ao alertar sobre essa atitude.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Nos casos observados em Corumbá há características da conjuntivite viral

“Só um profissional é que vai poder indicar a forma correta de tratamento porque há três tipos da doença e para cada uma existe uma maneira de se tratar de forma eficaz”, disse Viviane ao Diário Corumbaense, reforçando a importância de buscar atendimento médico em casos de surgimento de sintomas clássicos como: pálpebras inchadas, olhos vermelhos, coceira, secreção, entre outros.

A conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e o interior das pálpebras, pode atingir qualquer pessoa, independente da idade e, para evitar o contágio, o médico pediatra Emerson Moreira indica que cuidados básicos de higiene ajudam e muito na prevenção.

“O mau hábito de não lavar as mãos, coçar os olhos, põe a mão na boca, coça outras partes do corpo e depois volta ao olho, tudo isso é um foco de contaminação”, alertou ao destacar que evitar aglomerações também é uma medida preventiva.

Segundo ele, nos casos observados em Corumbá há características da conjuntivite viral, aquela cujo calor e umidade ajudam a proliferação que permanece causando sintomas até 15 dias nas pessoas infectadas. Nesse caso, a secreção é mais esbranquiçada e aquosa, e atinge os dois olhos ao mesmo tempo, podendo ser acompanhada de espirros, febres, dor de garganta, o que leva muitos a confundi-la com uma gripe.

“É uma doença comum no verão quando todo mundo procura balneários, piscinas, isso agride muito o olho que fica exposto”, disse o médico sobre a doença que ainda traz a sensação de areia nos olhos, sensibilidade à luz e pode deixar a visão embaçada temporariamente.

O uso do álcool gel também é indicado para a profilaxia da doença em situações quando o uso da água e sabão nas mãos não for possível. Evitar levar as mãos aos olhos também é primordial.

Além da conjuntivite viral, também há a causada por reações alérgicas e por bactérias. A automedicação com colírios é altamente não recomendada porque pode agravar o quadro, trazendo sérias complicações. Apenas médicos podem prescrever o uso de tais medicamentos, pois ele é capaz de avaliar qual o agente causador.

Sintomas 
- Olhos vermelhos e lacrimejantes;
- pálpebras inchadas;
- sensação de areia ou de ciscos nos olhos;
- secreção purulenta (conjuntivite bacteriana);
- secreção esbranquiçada (conjuntivite viral);
- coceira;
- fotofobia (dor ao olhar para a luz);
- visão borrada;
- pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Prevenção 
- Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes;

- lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estes são veículos importantes para a transmissão de micro-organismos patogênicos;

- não coçar os olhos; 
- usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, ou lavar todos os dias as toalhas de tecido;
- trocar as fronhas dos travesseiros diariamente, enquanto perdurar a crise;
- não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
- não se automedique.