Campo Grande News em 29 de Novembro de 2017
Após dia de intenso protesto, o expediente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul começou tranquilo. No prédio, ainda restam as marcas da manifestação contra a reforma da Previdência estadual, aprovada nesta terça-feira (28), mas funcionários e parlamentar chegam ao local nesta quarta (29) com tranquilidade. Nenhum manifestante apareceu no local.
Hoje, apenas o acesso está limitado a entrada por onde parlamentares, servidores e cidadãos têm de passar por detector de metais. A porta de vidro quebrada durante a invasão dos manifestantes no saguão é justamente a que dava fluxo para os que querem sair do prédio. Ou seja, entrada e saída ficaram restritas a um acesso. A porta quebrada foi substituída provisoriamente por um tapume.
A PM (Polícia Militar) deixou o prédio por volta das 14h de ontem, segundo o departamento de segurança da casa.
Manifestação
Um grupo de sindicalistas e outros servidores ligados aos sindicatos dormiram na Assembleia de segunda para terça-feira, depois que na tarde do primeiro dia útil da semana, a última reunião entre os representantes do funcionalismo público estadual e os deputados terminou sem consenso. As categorias tentavam impedir que o projeto do governo fosse colocado na pauta de ontem.
A sede do Legislativo e a Governadoria amanheceram cercadas e escoltadas por PMs ontem. Foram empenhados ao todo 220 militares, segundo a corporação. Por volta das 09h, os 90 manifestantes autorizados pela segurança a ocuparem o auditório do parlamento já estavam dentro da casa.
O restante dos participantes do protesto foi barrado. Na hora seguinte, revoltados, um grupo de manifestantes quebrou a porta de vidro na entrada da Assembleia e tomou o saguão. O Batalhão de Choque e a cavalaria conseguiram conter a confusão usando bombas de efeito moral e fazendo um cordão de isolamento na entrada do prédio.
Uma manifestante passou mal e outro foi preso. Conforme integrantes do Fórum dos Servidores Públicos, 5 mil pessoas foram à Assembleia protestar. A PM não confirma o número.
Em meio a protestos, que foram desde os gritos de “vergonha” à invasão da sede do Legislativo estadual, e em sessão “relâmpago”, deputados aprovaram o projeto do Governo do Estado por 13 votos a favor e sete contra.
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