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Chamadas de satélite não partiram de submarino desaparecido na Argentina, diz Marinha

G1 em 20 de Novembro de 2017

A Marinha da Argentina afirmou, nesta segunda-feira (20), que as sete chamadas de satélite detectadas no último sábado (18), não foram feitas pelo submarino militar ARA San Juan, como se acreditava inicialmente. A informação foi confirmada pelo porta-voz da Marinha, Enrique Balbi. As chamadas, detectadas no sábado, eram vistas pelas equipes de buscas como uma sinal de esperança de que os 44 tripulantes que estão dentro da embarcação poderiam ser encontrados.

Armada Argentina/Handout via Reuters

Submarino militar argentino ARA San Juan é visto deixando o porto de Buenos Aires

Segundo a Marinha, pelo menos 400 sinais emitidos no espectro da área de operações foram analisados, mas nenhum deles corresponde aos emitidos pelo submarino ARA San Juan. De acordo com Balbi, as condições meteorológicas adversas - com vento forte, temporais e ondas de até 6 metros de altura - na região de buscas também dificultam uma eventual localização visual do submarino.

Treze embarcações e dez aeronaves trabalham nas buscas, que se estendem desde sexta-feira (17) e contam com ajuda internacional. Na América do Sul, os governos do Brasil, Chile, Uruguai e Peru ofereceram assistência. O Reino Unido ofereceu suporte logístico. A África do Sul também ofereceu apoio.

Último contato

O submarino militar ARA San Juan manteve contato com a base pela última vez na manhã de quarta-feira (15), quando estava no sul do Mar Argentino, a 432 quilômetros da costa patagônica do país.

De acordo com a Marinha da Argentina, a principal hipótese é que teria acontecido um problema no equipamento de comunicação do submarino. Segundo o protocolo, em caso de falha nesse equipamento, o submarino deve subir à superfície para viabilizar o contato visual.

Todas as estações no litoral atlântico argentino estão em alerta para possíveis frequências de transmissão do submarino, que deveria informar sua posição a cada 28 horas.

O "ARA San Juan" é um dos três submarinos da Marinha argentina, que o incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20 de junho de 1983.

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