Da Redação em 09 de Novembro de 2017
Ninguém aguenta mais pagar tão caro por itens de primeira necessidade no Brasil, em especial em Corumbá que está na fronteira com a Bolívia onde os produtos, até mesmo produzidos no Brasil, são vendidos baratinho, às vezes bem menos do que a metade do preço praticado no lado brasileiro.
Em virtude disso
O vereador Evander Vendramini, presidente da Câmara Municipal de Corumbá, postou em seu Facebook que vai verificar a legalidade de se comprar gás de cozinha na Bolívia. Ele afirma que o comércio formiga, para uso pessoal, segundo o Tratado de Roboré, torna legal a compra de produtos do outro lado da fronteira, para uso pessoal e diz ainda que “esta pode ser a solução para os corumbaenses”.
Preço exorbitante
Em Corumbá e Ladário o preço do gás já está beirando os R$ 100,00 e lá, na Bolívia, garante o vereador, o botijão é vendido a R$ 12,00. Uma campanha no Facebook, pede fiscalização dos revendedores, já que em Campo Grande o botijão custa R$ 60,00 e em Aquidauana R$ 65,00.
Gasolina
Por outro lado, não se pode impedir ninguém de abastecer os tanques dos carros do outro lado da fronteira, apenas os próprios bolivianos com sua legislação. Lá, a gasolina está custando R$ 2,50 o litro. Já no Brasil, nos postos, o combustível é vendido a R$ 4,09. Na clandestinidade, o que é proibido e pode resultar em prisão, a gasolina boliviana custa R$ 3,00.
Ainda sobre fronteira
O presidente Michel Temer nomeou o delegado Fernando Segóvia, diretor-geral da Polícia Federal. Segóvia é tido como homem de campo da PF, especialista em fronteira, um combatente. Resta saber se, além dos políticos corruptos, agora a Federal vai caçar também os traficantes.
Até porque
A desculpa de que a PF atua para pegar o tráfico pesado já não cola mais. Como formiguinhas, os traficantes estão se infiltrando no Brasil e trazendo grandes quantidades de cocaína. Estão aí as ações da Polícia Civil dos últimos meses para comprovar, e sem contar as grandes quantidades que passam por Corumbá todos os meses e não são apreendidas.
E tráfico pequeno
É aquele que chega às crianças e adolescentes, que alicia os jovens e acaba com as famílias e a tranquilidade do cidadão. Indivíduo dependente químico, viciado, é indivíduo que pratica crimes e violência, às vezes até contra a própria mãe.
Sem escolha
O certo seria cada qual cumprir com o seu papel e seu dever. Esse negócio de ficar escolhendo o que vai fazer, não dá certo. Se é tráfico, é dever da polícia combater, independentemente se é pequeno, médio ou grande. É só arregaçar as mangas e lançar mãos à obra no cumprimento do dever que a coisa funciona.
(*) Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.