PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MP da Bolívia descarta queima de dinheiro roubado em carro-forte

Lívia Gaertner em 18 de Outubro de 2017

O Promotor Geral de Estado, Ramiro Guerrero, afirmou, durante entrevista coletiva à imprensa da Bolívia, que o dinheiro roubado de um carro-forte na cidade de Roboré, distante cerca de 250 km da fronteira com o Brasil pela cidade de Corumbá, não foi queimado como afirmou Mariano Tardelli, brasileiro preso acusado de ser o líder da quadrilha que promoveu o assalto.

O crime aconteceu em março deste ano quando vários veículos interceptaram um carro-forte blindado de transporte de valores que seguia na estrada que conduzia à fronteiriça Puerto Qujarro. Fortemente armados, os integrantes da quadrilha conseguiram levar 2,6 milhões de bolivianos e 350 mil dólares.

A Polícia Boliviana deflagrou investigações e operativos que levaram, em abril, até ao brasileiro Mariano Tardelli, apontado como chefe da quadrilha e que possui ligações com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Brasil.

O Ministério Público da Bolívia acredita que o dinheiro foi distribuído e retirado da Bolívia. “Não houve queima de dinheiro”, afirmou Ramiro Guerrero ao declarar que não existem indícios do que disse o brasileiro Tardelli sobre o destino do montante roubado.

Além de Tardelli, também foi preso Julio Cesar Hurtado Landivar, conhecido como Gordinho. Ele foi capturado na cidade de Puerto Suárez, seis meses após o assalto. Segundo a Polícia ele estaria se deslocando para Corumbá, mas foi impedido pela ação policial. Detido, Gordinho foi levado para o presídio de Palmasola, em Santa Cruz de  la Sierra, onde entregou a identidade do ex-militar boliviano que forneceu as armas para o assalto. Landivar ainda foi apontado pelas investigações como o químico do laboratório de cristalização de cocaína do brasileiro Tardelli e co-autor do assalto milionário.

O ex-militar de 62 anos de idade, José Alfredo Pinto Talamac, foi detido por fornecer o armamento à quadrilha. Ele foi preso no final de mês de setembro, na casa dele localizada na cidade de Santa Cruz de La Sierra, onde também foi encontrado um grande volume de armas de diversos calibres.

O Promotor Geral garantiu que as investigações continuarão até esclarecer o paradeiro do dinheiro e de outros envolvidos no crime. As investigações já levantaram que o assalto contou com a participação de oito pessoas e foi planejado com pelo menos dois meses de antecedência durante reuniões realizadas na Fazenda Laura, que pertence a Tardelli, e, agora, encontra-se no presídio de segurança máxima de Chonchocoro, na cidade de La Paz.

PUBLICIDADE