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Presos do Semiaberto se revoltam por não serem liberados; situação está sob controle, diz sindicalista

Ricardo Albertoni em 18 de Outubro de 2017

Nesta quarta-feira (18), todas as unidades do sistema penitenciário de Corumbá passaram a aderir à paralisação realizada pelos agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul. Na segunda-feira (16), quando teve início o movimento, de acordo com o Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), Corumbá era a única cidade do estado a não aderir em sua totalidade ao movimento.

Anderson Gallo

Nesta manhã, o Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto adotou os procedimentos determinados pelo movimento

O primeiro a aderir o movimento foi o Estabelecimento Penal Masculino de Corumbá na segunda-feira mesmo. Na terça, foi a vez do Presídio Feminino e do Patronato Penitenciário e, nesta quarta-feira o Estabelecimento Penal de Regime Semiaberto adotou os procedimentos determinados pelo movimento. Na instituição, além da paralisação de serviços administrativos também estava previsto a não liberação dos presos.

De acordo com o delegado regional do Sinsap, Alan Balbuena, os internos tinham ciência de que a medida deveria ter sido adotada na segunda-feira e devido a adesão dos procedimentos dois dias depois, os detentos ficaram descontentes.

“Era para ter começado na segunda-feira, mas por circunstâncias alheias a vontade da maioria dos servidores que trabalham no semiaberto não aconteceu. Na terça, foi decidido que começaria nesta quarta, então, teve um princípio de nervosismo por parte dos internos, mas não houve nenhum tumulto maior. Foi uma coisa de momento, nada grave”, destacou o sindicalista ao Diário Corumbaense.

Embora segundo Allan, a situação esteja controlada, servidores foram destacados para reforçar a segurança do local. “A situação já está normalizada, mas por via das dúvidas alguns servidores irão para lá para dar um reforço, mas o clima está tranquilo no momento”, destacou.

O protocolo acordado pela categoria, durante a paralisação deflagrada essa semana, também pontua sobre a restrição a visitas e suspenção de banhos de sol nos finais de semana, além da paralisação das assistências penais que incluem atividades educacionais, religiosas e de trabalho, bem como atendimento de saúde, com exceção de casos de urgência e emergência. As demais atividades que incluem alvará de soltura, transferência de presos para outros Estados, entrega de alimentação pelas empresas contratadas e de medicamentos com prescrição médica, continuam normalmente.

O delegado regional do Sinsap explicou que nesta tarde haverá conversa entre representantes do Governo do Estado e do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul, e dependendo do que for acordado no encontro, a paralisação pode ser encerrada ou ser estendida por tempo indeterminado.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) afirma que a paralisação das atividades é considerada ilegal e que cumprirá todos os procedimentos judiciais que forem determinados.

 

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