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Arrocho em Ladário: ordem é economizar

Da Redação em 06 de Outubro de 2017

A Prefeitura de Ladário estaria perdendo receita e, com isso, o prefeito da cidade baixou um decreto cortando gastos. O arrocho reduziu horas extras, prêmios e acúmulos dos salários dos funcionários. Só os secretários passaram incólumes e continuaram com vencimentos de R$ 7,5 mil por mês. 

E as diárias

Já ultrapassam os R$ 300 mil este ano. Dinheiro que, segundo as justificativas, foi usando, entre outras coisas, para captar recursos principalmente em Campo Grande, onde o governador é do partido do prefeito de Ladário. Mas, Reinaldo Azambuja lançou um pacotão de recursos de presente de aniversário para Corumbá no valor de R$ 40 milhões. Ladário também fez aniversário em setembro... Será que as incursões, ou excursões, não funcionaram?

Campeãs

As campeãs de utilização de diárias, além do próprio prefeito, são as secretárias de Administração, Andressa dos Anjos Paraquett e de saúde, Ana Lúcia Vasconcellos. Elas viajam praticamente todos os meses.

Em valores

O prefeito Carlos Aníbal Ruso Pedrozo já ocupou quase R$ 30 mil em diárias este ano, mesmo valor utilizado por Andressa. Já Ana Lúcia está na casa dos R$ 20 mil. Isso porque o final do ano, época das viagens se intensificarem, ainda não chegou. 

Paradoxo

O prefeito não divulgou o quanto pretende economizar com o arrocho, mas, com uma folha de R$ 2 milhões mensais, se conseguir chegar aos 10%, está no lucro. Isso significa uma economia de R$ 200 mil, menos do que o gasto com as diárias, ou seja, era só cortar diárias que não precisaria tirar dos salários dos servidores. 

Vai ficar pior

A Secretaria de Fazenda do Estado já informou que vários municípios irão perder receita do ICMS em 2018, entre elas, Ladário. Se a prefeitura já está cambaleando hoje, imagina no ano que vem então, com queda significativa na arrecadação?

Revoada

O decreto de Ruso teria provocado uma revoada de funcionários contratados. Alguns estão pedindo demissão de seus cargos por não concordarem em ganhar tão pouco.  

Armas que matam

Bastou o ataque nos Estados Unidos, onde uma plateia foi metralhada e 58 pessoas morreram, para os ativistas voltarem com aquele papo de desarmamento. Mas eles não falaram nada das facas usadas na França e da gasolina usada em Minas Gerais. Tragédias são tragédias e são provocadas por pessoas, não por armas.