Rosana Nunes em 30 de Agosto de 2017
Em assembleia realizada na tarde de terça-feira (29), a regional de Corumbá da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, decidiu aderir ao movimento de aquartelamento de 24h na próxima sexta-feira, 1º de setembro. Greve é proibida pelo Código Militar, por isso, a opção de aquartelamento para reivindicações salariais. Os militares vão ao trabalho normalmente, porém, ficam nos quartéis, realizando apenas os serviços de rua de extrema urgência. A mobilização também foi aprovada nas duas maiores cidades do Estado, Campo Grande e Dourados e outras nove regionais. Três Lagoas, Coxim e Bataguassu optaram por não aderir ao protesto.
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Diretor da Regional da ACS em Corumbá, Adamor Abreu (à esquerda) disse que aquartelamento será por 24 horas
A Associação de Cabos e Soldados informou que o Governo do Estado ofereceu à categoria 5,49% de reajuste médio, mas a reivindicação, que já chegou a 12%, é que o percentual seja pelo menos igualado ao acordado com a Polícia Civil, que foi de 7%. O aquartelamento somente será cancelado, segundo a entidade, se o Governo apresentar proposta que atenda aos 7% reivindicados.
A categoria alega que as perdas salariais chegam a 27% nos últimos anos. “Estamos há 90 dias fazendo a boa vizinhança com o Governo, negociando, e ele não se preocupou com a categoria. Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo Governo, no geral, mas estamos pedindo o mínimo. Nós somos a terceira melhor Polícia do Brasil, que mais trabalha, que mais prende, e ele não está valorizando isso. Não querendo desmerecer nossa coirmã Polícia Civil, mas está acontecendo discriminação", disse ao Diário Corumbaense, Adamor Abreu, diretor regional da Associação de Cabos e Soldados.
Ainda de acordo com ele, neste primeiro protesto, o aquartelamento vai ocorrer somente no 6º Batalhão da Polícia Militar, com início a partir das 06h de sexta-feira em frente ao quartel, até as 06h de sábado, com a participação das esposas dos policiais. "Caso não haja negociação, vamos continuar nos mobilizando e com a possibilidade também de aquartelamento dos bombeiros", completou Adamor.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Administração, que informou que o Governo está acompanhando a mobilização anunciada para sexta-feira e só irá se manifestar após o protesto. (matéria editada para atualização de informação)
Manifestantes prometem se concentrar em frente ao quartel da PM
01/09/2017 Em Corumbá, policiais militares desistem de aquartelamento e trabalham normalmente
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