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Grupo suspeito de integrar o PCC é preso com armamento de guerra no Paraguai

Campo Grande News em 04 de Maio de 2017

ABC Color

Mansão no bairro Reis Católicos, em Pedro Juan Caballero, onde funcionava escritório do PCC

Quadrilha supostamente ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) descoberta com arsenal na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul usava uma mansão como “escritório do crime”. A casa de alto padrão fica localizada na Rua Bernardino Caballero, esquina com Félix Pérez Cardozo, no bairro Reis Católicos, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. A polícia não revelou a quem pertence a residência.

Os sete homens presos no local na tarde de ontem (03) foram levados para a sede da Delegacia Antinarcóticos e ainda hoje devem ser encaminhados para o presídio da cidade. Foram presos os brasileiros Diego Vieira dos Santos, 21, Allan Gabrecht dos Santos, 21, Laurindo de Sousa Neto, 26, Luiz Antonio Varela da Silva, 21, e David Timóteo Ferreira, 33, e os paraguaios Félix David Sánchez Escobar, 27, e Marcelo Gayoso, 22.

Na casa onde a quadrilha estava foram encontrados 15 aparelhos de telefone celular, três coletes à prova de bala, um fuzil marca Anderson calibre 5.56 com cinco carregadores, um fuzil AK47 calibre 7.62 com oito carregadores e um fuzil Fal calibre 7.62 com um carregador.

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Armas encontradas com brasileiros e paraguaios

Os policiais também encontraram mil cartuchos calibre 5.56, 500 cartuchos 7.62 e 12 munições de revólver calibre 357. Três carros, uma caminhonete e porções de maconha e cocaína também foram encontrados na mansão. A operação foi chefiada pelo procurador de combate ao narcotráfico, Samuel Valdez, que acompanhou os agentes antinarcóticos enviados de Assunção para fazer a prisão da quadrilha.

Fronteira em guerra

O PCC tem forte atuação na fronteira do Paraguai com o Mato Grosso do Sul e essa presença se intensificou após a morte, em junho do ano passado, de Jorge Rafaat Toumani, apontado como o chefão do crime organizado em Pedro Juan Caballero. Rafaat era contra a presença da facção paulista na fronteira, por não concordar com a forma de atuação do PCC e teria mandado executar vários membros da quadrilha.

A polícia paraguaia acusa o PCC de ter se aliado ao também traficante brasileiro Jarvis Gimenez Pavão para eliminar o “chefão”. Rafaat foi morto a tiros de metralhadora antiaérea, no centro de Pedro Juan Caballero, na noite de 15 de junho.

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