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Beleza natural, riqueza histórica e multiculturalismo fazem Corumbá ser o que é

Caline Galvão em 21 de Setembro de 2016

Cidade de fronteira, conhecida pela singularidade do Pantanal, Corumbá completa 238 anos esbanjando beleza, cultura e muita história. Nascida às margens do rio Paraguai, na divisa com a Bolívia, o município é conhecido por seu intenso calor, suas tradicionais festas e por receber todos os anos turistas de diversas partes do mundo, além de milhares de brasileiros que procuram um lugar lindo e tranquilo para pescar e descansar.  

Quem vem de fora, se surpreende com aves como tuiuiú, araras e tucanos, além de avistarem macacos, revoadas de papagaios e periquitos na zona urbana da cidade. Algo comum para os moradores, a flora pantaneira e os morros que circundam o município enchem os olhos dos visitantes. A visão de Corumbá e do Pantanal, no alto do Cristo Rei do Pantanal, surpreende não apenas turistas, mas os moradores que também se maravilham com a beleza do lugar.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Beleza de Corumbá encanta turistas e moradores da região, que é formada por diversas culturas nacionais e estrangeiras

Região que guarda parte da história brasileira, a cidade foi devastada pelos invasores paraguaios em 1865, durante a guerra da Tríplice Aliança, quando era ainda uma vila. Retomada pela tropa do Exército Brasileiro vinda de Cuiabá, chefiada pelo tenente-coronel Antônio Maria Coelho, a cidade foi reorganizada. O início da vitória brasileira contra o Paraguai se deu na Praça da República, requalificada há pouco tempo pela Prefeitura.

No passado, a praça foi uma fortificação militar, com capela e residência das 200 pessoas que habitavam a então Vila de Albuquerque Nova (primeira denominação de Corumbá). Palco da batalha final da retomada do lugarejo contra tropas paraguaias em 1867, funcionou também como uma freguesia antes de ser construída, em 1924. Nela há um obelisco feito em mármore em homenagem aos heróis da Guerra do Paraguai.

Depois da expulsão dos estrangeiros, as atividades de navegação foram retomadas e o ciclo comercial vigorou, movimentando o agitado Porto Geral que, em 1914, foi considerado o 3º maior porto da América Latina, hoje movimentado por embarcações turísticas, pescadores e alguns transportes comerciais. Corumbá era tão movimentada comercialmente que acabou recebendo a primeira agência do Banco do Brasil do Centro-Oeste, em 1916.

Ainda na região central da cidade, com árvores centenárias, a Praça da Independência homenageia soldados que lutaram na Guerra do Paraguai e na 2ª Guerra Mundial, e conta com esculturas em mármore Carrara, vindo de Pisa, na Itália, em referência as quatro estações do ano. No extenso espaço, moradores têm o local como área de lazer bastante arborizada, onde crianças brincam, jovens namoram e idosos passeiam.

Fauna, flora, história e o povo fazem da cidade local único e atraente

Por toda a região do Porto Geral e centro da cidade podem ser observados prédios históricos, datados do início do século XX, alguns do final do século XIX. Igrejas, casarões, antigos prédios comerciais e até escadarias são protegidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Há muito para se ver, fotografar e descobrir na cidade que, além de história para contar, tem a imensidão do Pantanal para se conhecer. O turismo mais forte de Corumbá é o da pesca, mas a contemplação do bioma pantaneiro já é explorada pelos visitantes. Barcos-hotéis e hotéis-fazenda são opções para quem deseja desfrutar com mais tempo as belezas do Pantanal.

Mas, não tem como falar de Corumbá sem lembrar do maior carnaval do Centro-Oeste. Com carros alegóricos, muita festa e samba, o evento atrai turistas de diversas partes do Estado e enche as ruas do centro e a avenida General Rondon, outro ponto de visita bastante frequentado nas noites de sábado. O São João também não fica para trás. Único lugar do país com a tradição do banho do santo, e da competição entre os andores mais bonitos, a festa mostra como a mistura das religiões, o sagrado com o profano, o catolicismo e a umbanda, estão fortemente presentes na cidade.

Falar em Corumbá é falar de árabes, nordestinos, nortistas, turcos, paraguaios, bolivianos, indígenas e tantas outras nacionalidades e regiões deste Brasil. Corumbá é um pouquinho de todas essas pessoas que a formam e um dia ajudaram também a construí-la. Obras de arquiteto italiano, coreto alemão, flamboyant de origem africana, arquitetura portuguesa, comércio turco, food bike, farinha de bocaiúva, enfim, uma mistura de tradições e culturas formam o povo e o cotidiano corumbaense. É muito lugar para se conhecer em uma só cidade, histórias para se ouvir e uma diversidade gastronômica e cultural para se apreciar. Corumbá é assim!

 

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