Midiamax em 18 de Novembro de 2010
Após a publicação de reportagem nesta manhã (18) sobre o atraso na vacinação contra a febre aftosa na ZAV (Zona de Alta Vigilância), os agentes da Iagro foram convocados "com urgência" para começar o trabalho de imunização do rebanho na região de fronteira. A informação foi confirmada por servidores públicos que trabalham no órgão. A “convocação emergencial” foi feita por e-mail e contato telefônico. “Agora vamos viajar. Tem colega nosso que está trabalhando praticamente sozinho em cidade da fronteira, e agora ele terá auxílio”, comemora outro agente. Todos temem ser identificados e por isso omitem os nomes das cidades onde trabalham. “Será fácil identificarem a gente se publicarem o nome das cidades”, explica ele.
Segundo a assessoria de imprensa do Governo do Estado, será divulgada uma nota com informações sobre os motivos do atraso na distribuição das vacinas e sobre o envio do pessoal especializado para aplicação das doses.
Atraso e risco
A campanha que obrigatoriamente deve seguir até que o serviço veterinário oficial relate a vacinação dos 800 mil bovinos da região, está atrasada, a denúncia foi de agentes da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e produtores rurais da região.
Segundo um dos agentes, os produtores rurais estão até tendo prejuízos com o atraso das vacinas, que só podem ser feitas pelos agentes, pois o gato está na ZAV. “
“Tem vacina, chegou e não tem ninguém para fazer. Os produtores se sentem amarrados, pois não podem movimentar a ficha (ficha de vacinação)”, explica outro agente. Segundo eles, o produtor rural não pode fazer a vacinação, pois se trata de “agulha oficial”, ou seja, na ZAV, a vacinação deve ser feita pelos agentes sanitários.
Para os agentes entrevistados, a falta de manutenção do processo de vacinação contra a aftosa pode comprometer a sanidade animal em MS e deixa os produtores em situação muito difícil.
“Claro que isso vai comprometer. E o pessoal da Iagro sabe que isso pode comprometer. A gente liga lá, pergunta, questiona e eles dizem que não há nada definido. Que o Governo Federal não mandou a verba, ou que é para esperar”, contou à reportagem.