Brasileiro é acusado de atirar contra policiais na Bolívia e foge após deixar um ferido

Um brasileiro é apontado pelas autoridades bolivianas como autor de disparos contra policiais em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na tarde de terça-feira (19). O ataque deixou um agente ferido e desencadeou uma grande operação policial na região, que fica distante 650 km da fronteira com Corumbá.

O confronto ocorreu na Avenida Busch, quando o suspeito, identificado pela polícia local, seguia em um táxi. Ao ser abordado, ele saiu do veículo e disparou pelo menos oito vezes contra os agentes, fugindo em direção ao “Cuarto Anillo” e ao Cordão Ecológico.

O policial atingido sofreu um tiro na fíbula da perna direita, foi levado inicialmente à clínica Udabol e depois transferido ao Fundo Nacional de Saúde.

Duas identidades

De acordo com a Força Especial de Combate ao Crime (Felcc), o homem havia alugado um apartamento no edifício Element by Elit, onde se apresentou como Lucas Alves dos Santos, portador de identidade brasileira nº 44.762.027. Contudo, durante as investigações, foi descoberta outra documentação em nome de Pedro Afonso Silva Boratto.

A polícia informou que o indivíduo é considerado altamente perigoso e pode ter ligação com organizações criminosas internacionais, entre elas o Primeiro Comando da Capital (PCC), sediado no Brasil.

Operação policial

O táxi utilizado, um Toyota Ipsum azul com listras amarelas e placa 1839-PQC, foi apreendido. Dentro do veículo foram encontradas duas malas e uma mochila, cujo conteúdo não foi divulgado. O motorista chegou a ser detido para prestar depoimento.

Após a fuga, dezenas de policiais foram mobilizados para cercar a região do Cordão Ecológico, próximo aos chalés Piraí. Barreiras foram montadas nos acessos ao “Cuarto Anillo” e nas pontes que ligam a cidade às regiões de Urubó e Porongo. Apesar da varredura, o suspeito não foi localizado e há indícios de que tenha se escondido na mata.

Segundo o subcomandante do departamento de Santa Cruz, coronel Jorge Silva, as buscas contam com o apoio de várias unidades policiais e devem prosseguir.

Com informações do jornal El Deber.

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