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Pantanal da Nhecolândia registra 2,6ºC na madrugada; menor temperatura de MS

Leonardo Cabral em 29 de Maio de 2025

Divulgação/Cemtec

Estação meteorológica instalada na Fazenda Campo Zélia

Se o frio está de “arrepiar” na área urbana, imagina quem mora no Pantanal? Quem vive na maior planície alagada do planeta teve que se aquecer e muito nesta quinta-feira, 29 de maio, quando os termômetros chegaram a registrar 2,6°C com sensação térmica de -4°C.

Essa temperatura foi registrada pela estação meteorológica instalada na Fazenda Campo Zélia, em Corumbá. A mínima em Mato Grosso do Sul ficou em 2,6°C, no Pantanal da Nhecolândia, às 06 horas. Na região Sul do Estado a mínima não rompeu a casa de 5°C. Em Iguatemi ficou em 3,7°C, Aral Moreira 4°C, Amambai 4,1°C, Itaporã e Ponta Porã 4,3°C e Dourados e Maracaju 4,7°C.

Os dados são do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a partir de registros feitos pelas 40 estações da rede estadual de meteorologia instaladas em todo território sul-mato-grossense.

Já na área urbana de Corumbá, os termômetros registraram 12,1°, conforme informou o meteorologista da Uniderp, Natálio Abrahão Filho. Ao Diário Corumbaense, ele explicou sobre a diferença de temperaturas, mencionando que fatores geográficos e naturais contribuem para aumentar ou diminuir as temperaturas.

“Em Corumbá, o rio Paraguai absorve muita energia e produz evaporação intensa, alterando as temperaturas, e, na cidade é mais quente. Além disso, não há velocidade do vento, ou seja, o resultado é mais calor retido em edificações e ruas. Lá na região da Nhecolândia, onde só tem vegetação e campos, a temperatura decresce sem nenhuma interferência e também quando a temperatura aumenta, não se eleva tanto, é quase estável. No campo, o frio é mais potencialmente forte e nas cidades não tanto”, explica o meteorologista.

Além disso, ele chama a atenção para a sensação de sentir mais frio. “A sensação térmica naquela região ficou negativa (-4,7°). Isso ocorre porque os ventos por lá são mais intensos e na hora da leitura estava em 20 km/h”, completou.

A previsão, de acordo com Natálio, é que na noite desta quinta-feira para sexta-feira (30), o frio será mais forte e a chance de gear é de 100%.

Estação meteorológica no Pantanal

A estação meteorológica está localizada na Fazenda Campo Zélia. O projeto, instalado na semana passada, é uma parceria entre o Governo do Estado e a Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul), que fará a coleta dos dados.

A instalação foi concluída no dia 18 de maio e já no dia 20, a transmissão automática de dados começou a ser feita à base da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica), sediada nos Estados Unidos, que concentra informações meteorológicas de todo o mundo e redistribui para os organismos nacionais que produzem boletins sobre o tempo.

O Pantanal de Corumbá receberá mais sete estações que vão contemplar regiões como Abobral, Paiaguás e Amolar. Os dados produzidos ficarão disponíveis para uso do Cemtec (Centro do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul) e do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), assim como os das futuras 18 novas estações.

As estações monitoram temperatura, umidade, vento, radiação solar e pressão atmosférica. Os dados são precisos e instantâneos.

O conjunto de equipamentos é o primeiro do total de 19 que serão instalados para ampliar a cobertura meteorológica em Mato Grosso do Sul. As estações são financiadas com R$ 7,89 milhões em recursos do governo estadual. Quando as instalações forem finalizadas, Mato Grosso do Sul terá 61 estações interligadas, sendo 42 estaduais e outras 27 federais de propriedade do Inmet.

De acordo com a coordenadora do Cemtec, meteorologista Valesca Fernandes, “a ampliação da rede permite um melhor monitoramento da variabilidade climática, possibilitando uma compreensão mais profunda das mudanças climáticas e seus impactos na região, como secas prolongadas e chuvas intensas. Com um maior número de dados coletados, as previsões meteorológicas se tornam mais acuradas, favorecendo a calibragem dos modelos de previsão e, consequentemente, serviços meteorológicos mais eficazes”.

Com informações da Secom/MS.

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