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Polícia Civil vai à escola falar sobre combate ao abuso e exploração sexual infantojuvenil

Leonardo Cabral em 22 de Maio de 2025

Divulgação/Polícia Civil

Alunos do JGP durante a palestra ministrada pela Polícia Civil

Estudantes da Escola da Autoria Júlia Gonçalves Passarinho (JGP), participaram na quarta-feira, 21 de maio, de uma palestra educativa referente ao Maio Laranja. A ação foi promovida pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI) de Corumbá.

Foram abordados temas como a prevenção à exploração sexual, bullying e a prática de atos infracionais. A palestra teve como objetivo conscientizar e orientar os estudantes sobre seus direitos e deveres, além de alertá-los sobre situações de risco.

A iniciativa faz parte das ações sociais da Polícia Civil, que, por meio da DAIJI, reforça seu compromisso com a proteção da infância e adolescência. No Brasil, a violência sexual contra crianças e adolescentes é uma realidade que exige atenção constante da sociedade.

Para a diretora adjunta da escola JGP, Camila Cavalcante, a palestra foi de extrema importância, já que a instituição também trabalha com a conscientização dos estudantes e já realizaram a "Acolhida" sobre o tema junto aos outros alunos. 

"O Maio Laranja é uma das campanhas de maior importância, pois visa conscientizar e enfrentar questões de abuso e de exploração sexual de crianças e adolescentes. Agradecemos a disponibilidade das policiais civis em nossa escola, trazendo orientações de prevenção e como denunciar aos nossos alunos", falou Camila Cavalcante. 

Maio Laranja

Dados do Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil 2021-2023, divulgado pelo Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), mostram que o número de estupros contra meninas subiu de 40 mil em 2021 para quase 55 mil em 2023, um aumento de 35,5%.

Entre os meninos, o aumento foi semelhante, de cerca de 6 mil casos para mais de 8 mil no mesmo período.

O Maio Laranja é uma campanha nacional que busca dar visibilidade e estimular o diálogo sobre a prevenção e o combate à violência sexual infantil. Instituído pela Lei nº 14.432 em 2022, o mês promove ações educativas e informativas.

O dia 18 de maio, instituído pela Lei nº 9.970/2000, representa um marco dentro dessa campanha, em memória ao caso Araceli, que impulsionou políticas públicas voltadas à proteção da infância e adolescência no país.

O caso Araceli

Araceli Cabrera Sánchez Crespo tinha oito anos quando foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada no Espírito Santo, em 1973. O crime ganhou repercussão nacional pela brutalidade e pela impunidade dos suspeitos, pessoas influentes da região.

Embora os acusados tenham sido absolvidos por falta de provas, o caso permanece como símbolo da luta contra a violência sexual infantil e ressalta a necessidade constante de mobilização social e política sobre o tema.

Com informações Polícia Civil e da Pastoral da Criança.

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