Da Redação em 16 de Maio de 2025
Fotos: Thayná Cambará
A exibição integra a programação do Festival América do Sul
Gravado entre 2021 e 2022, Louvação à Ibejada é um média-metragem documental que percorre as ruas de Corumbá para mostrar como a cidade se transforma em um grande terreiro durante as festas dedicadas aos santos gêmeos, quando crianças correm em busca de doces, enquanto promessas são renovadas nos barracões religiosos. A obra, vai além do registro festivo e segundo a autora, "é uma carta de amor ao povo corumbaense, marcada por afetos, rituais e memórias coletivas".
A diretora, que também é umbandista, afirma que o filme nasceu de uma urgência pessoal e espiritual, impulsionada por uma promessa feita durante a pandemia. “Eu tive o meu milagre, que é o bem-estar da minha filha. Somou-se a isso a vontade de continuar o projeto anterior e registrar essa celebração tão potente”, conta Thayná. A produção é uma continuidade da websérie Encruzilhada de Estórias: Registro das Festividades Afro-Brasileiras de Corumbá e Ladário.
Segundo Thayná, o filme também assume um papel político ao enfrentar o preconceito ainda vivido pelas religiões de matriz africana. “Contar essa história é um ato de afirmação. Em tempos em que religiões de matriz africana ainda enfrentam preconceito e violência, mostrar a beleza, a doçura e a profundidade dessa tradição é um gesto político e afetivo. É dizer que essa fé também educa, forma e transforma”, afirma a diretora.
Produzido com recursos da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital da Fundação de Cultura da Prefeitura de Corumbá, Louvação à Ibejada será lançado ainda neste mês no canal do YouTube da produtora Bela Oyá Pantanal (https://www.youtube.com/@belaoyapantanal). A versão online contará com recursos de acessibilidade, como legendas e interpretação em Libras.Programação destaca memória afro-brasileira
A pré-estreia do documentário integra a programação “Rios de Memória Afro-Brasileira”, dentro do Festival América do Sul 2025, que até domingo, 18 de maio, em Corumbá. A agenda inclui rodas de conversa, oficinas e atividades culturais voltadas à valorização da ancestralidade negra na região.
No sábado (17), às 14h, acontece a mesa de diálogos “Raízes, Identidade e Mestres do Saber”, com participação da professora Rosiane Albuquerque (Corumbá), do pesquisador Mário Sá (UFGD), e das líderes religiosas Mãe Elenir Batista e Mãe Alexandra de Oyá. A mediação será da própria Thayná Cambará. O encontro promove o diálogo entre saberes acadêmicos e ancestrais sobre tradição e pertencimento.
No mesmo horário, acontece uma atividade voltada para o público infantil. A escritora Sarah Muricy apresenta o livro O Reino Mágico dos Orixás, com leitura dramatizada, interação com as crianças e atividades para colorir que abordam o sincretismo religioso.
Já no domingo (18), a partir das 15h, a Orla do Porto Geral recebe a Roda de Curimba e Oficina de Capoeira – Técnicas de Capitães de Areia, unindo música, ancestralidade e movimento em uma celebração coletiva da cultura afro-brasileira.
Mais informações podem ser acessadas pelo perfil do Instagram https://www.instagram.com/belaoyapantanal/.
Serviço
Sábado, 17/05
14h às 16h – Mesa de Diálogos: Raízes, Identidade e Mestres do Saber
14h às 16h – O Reino Mágico dos Orixás, com Sarah Muricy (atividade infantil)
16h – Pré-estreia do documentário Louvação à Ibejada: Minha Fé em Curumim
Todas as atividades serão realizadas no Instituto Moinho Cultural Sul-Americano - Rua Domingos Sahib, s/n – Porto Geral.
Domingo, 18/05
15h às 17h – Roda de Curimba e Oficina de Capoeira
Local: Orla do Porto Geral (próximo à âncora)
(Matéria editada para atualização de informação - mudança de local)
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