Leonardo Cabral e Rosana Nunes em 19 de Março de 2025
Mulher teve prisão decretada para cumprir sentença em regime fechado
Segundo apuração do Diário Corumbaense, a mulher foi detida em um estabelecimento comercial localizado na área central da cidade. Monitorada por tornozeleira eletrônica, ela estava trabalhando no local quando foi presa.
A reportagem teve acesso ao boletim de ocorrência registrado em outubro de 2022, quando a vítima havia completado 19 anos. O padrasto, hoje com 46 anos, a mãe e uma tia, de 33 anos, foram denunciados pelo estupro de vulnerável.
De acordo com o registro policial, a vítima relatou os abusos sofridos a um professor, que denunciou o caso à polícia. Conforme o depoimento da jovem, os abusos do padrasto começaram quando ela tinha oito anos de idade.
O caso veio à tona após a estudante ser selecionada para um evento estudantil fora de Corumbá. Para participar do evento, a escola solicitou a autorização dos responsáveis. O padrasto negou a permissão, alegando que a enteada já havia apresentado "problemas de confiança" no passado. A atitude levantou suspeitas, e, no mesmo dia, a mãe da jovem voltou à escola para conceder a autorização.
Porém, poucos dias depois, a jovem desistiu da viagem, alegando a negativa da família. Questionada pelo professor, ela acabou revelando que sofria abuso sexual do padrasto desde criança. O docente levou a denúncia à polícia e as investigações apontaram que a mãe e a tia sabiam o que ocorria e chegar a participar dos abusos sexuais junto com o padrasto.
Os autores negavam comida, restringiam a liberdade e mantinham a vítima sob vigilância constante. Os abusos só cessaram após a prisão do padrasto em 2022.
Condenações
O homem foi condenado a 68 anos e 10 meses de prisão por estupro de vulnerável e violência psicológica e está preso no Estabelecimento Penal Masculino.
A tia pegou pena de 13 anos e 06 meses de reclusão e foi presa também nesta quarta, mas pela Polícia Penal. O Diário Corumbaense apurou que ela e a mãe da vítima ingressaram com "agravo em recurso especial" no Superior Tribunal de Justiça, que considerou "intempestivo" o recurso (fora do prazo) e ambas tiveram os mandados de prisão expedidos para cumprimento das sentenças.
O caso envolveu múltiplos episódios de estupro de vulnerável, estupro qualificado e estupro simples, configurando crimes continuados, conforme o artigo 71 do Código Penal Brasileiro, que pode aumentar a pena em até 2/3.
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