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Vítima de incêndios no Pantanal, onça não resistiu às complicações durante tratamento

Da Redação em 13 de Setembro de 2024

Álvaro Rezende/Governo do Estado

Antã durante tratamento no Hospital Veterinário Ayty, em Campo Grande

Uma das onças-pintadas salvas dos incêndios no Pantanal morreu no Hospital Veterinário Ayty, que fica no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande. O macho de 8 anos batizado de Antã – forte, em tupi-guarani – foi resgatado no dia 17 de agosto, na região do Passo do Lontra, no município de Miranda. Com as patas queimadas e visivelmente debilitado, ele sequer reagiu à presença dos profissionais que fizeram a captura.

De acordo com comunicado do Governo de Mato Grosso do Sul, emitido na tarde de quinta-feira (12), Antã, resgatado em 17 de agosto na região do Passo do Lontra, em Miranda, foi encontrado visivelmente debilitado, desnutrido e sem forças para reagir, provavelmente devido à falta de alimento na área atingida pelo fogo. Após um período na tentativa de recuperação, infelizmente ele não resistiu às complicações decorrentes de seu estado inicial e veio a óbito na quarta-feira (11).

Antã chegou ao CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) com um peso de apenas 72 kg, significativamente abaixo dos 100 kg que seria seu peso ideal. Complicações internas, agravadas pela idade avançada, estimada em oito anos, impediram uma recuperação completa. A equipe do Imasul, em colaboração com especialistas da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, fez todos os esforços possíveis para salvar Antã. 

Durante a captura, Antã apresentou desidratação moderada (7%), estertor pulmonar e queimaduras de terceiro grau nas patas, além de duas pequenas lesões (3 cm) nos membros torácicos. As feridas foram tratadas com soro fisiológico e pomada cicatrizante. 

A ultrassonografia revelou alterações na bexiga e fígado. Exames de sangue identificaram Trypanossoma sp e Hepatozoon, (parasitas do sangue), além de anemia, desidratação e cistite (inflamação na bexiga). O tratamento das queimaduras das patas incluiu ozonioterapia, laser terapia tópica, pomadas cicatrizantes e bandagens.

No dia 11 de setembro, no momento em que era preparado para a continuidade do tratamento com ozonioterapia e laser terapia, foi identificada uma parada cardíaca. Antã foi imediatamente transferido para o centro cirúrgico, onde foi intubado e iniciadas manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), após três ciclos de RCP, o óbito foi confirmado. O corpo de Antã foi encaminhado para necropsia e o laudo definitivo ainda aguarda análise histológica.

Com informações da Ascom Governo de MS.