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Setor do transporte de cargas fecha fronteira em protesto a pontos de bloqueio na Bioceânica

Leonardo Cabral em 28 de Abril de 2022

Diário Corumbaense

Fronteira está fechada e só pedestres podem passar

Desde a zero hora desta quinta-feira, 28 de abril, a fronteira da Bolívia com Corumbá está fechada. O povo indígena Ayoreo bloqueou quatro pontos em cidades que ficam às margens da rodovia Bioceânica e de acordo com a Associação de Transporte Pesado de Arroyo Concepción, muitos caminhoneiros estão tendo que pagar "pedágio" para poder seguir viagem. O movimento indígena entrou no quarto dia hoje.

“Os pontos de bloqueio ficam a 15 km, 58 km, 61 km e 100 km de distância da fronteira com Corumbá. Os indígenas estão impedindo que os caminhões com cargas trafeguem e ainda cobram 'pedágio' dos caminhoneiros com valores absurdos que variam entre 100 a 350 bolivianos, o que seria em torno de R$ 75 a R$ 260,00. Ontem à noite, eles saquearam um caminhão carregado com cerveja. Pedimos às autoridades que nos deem uma resposta diante desse problema, enquanto não houver, seguiremos com a fronteira fechada, pois não podemos ser prejudicados. Queremos trabalhar”, afirmou Angél Saavedra, dirigente da entidade que representa os caminhoneiros.

Ainda segundo ele, os prejuízos chegam a milhões de dólares, “pois todos os dias são em torno de 300 caminhões que entram e saem da Bolívia”, completou ao Diário Corumbaense.  

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Caminhão carregado com cerveja foi saqueado pelos manifestantes na Bioceânica, em Roboré

Sobre os pontos de bloqueios na Bioceânica, Angél disse que os manifestantes não aceitam decisão política. “Eles fizeram uma eleição e um representante foi eleito por eles, porém, o governo não reconhece e nomeou outro, o que causou revolta e, desde então, iniciaram os bloqueios na última segunda-feira”, frisou. Os manifestantes impedem a passagem de veículos com pneus, pedaços de pau e galhos de árvores, além de montes de terra.

Já na fronteira com Corumbá, o setor de Transporte de Cargas mantém a fronteira fechada na linha internacional que delimita o território entre os dois países e também no Posto Fronteirizo, que fica do lado boliviano. Apenas é permitida a passagem de pedestres.

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