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Título da Nova Corumbá é sinônimo de trabalho árduo entre diretoria e comunidade

Leonardo Cabral em 25 de Abril de 2022

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A emoção de integrantes da Mocidade; Fernanda Vanucci, presidente de honra, chora de alegria (no canto esquerdo da imagem)

Desde sua apresentação na sexta-feira (22), a Mocidade Independente da Nova Corumbá era apontada como forte candidata ao título das escolas de samba em 2022. E isso se confirmou na noite desta segunda-feira, 25 de abril, na apuração das notas dos 16 jurados contratados pela Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá). 

A agremiação defendeu o enredo: “A esperança surge das matas: salve Ossain – o Orixá da cura através das ervas sagradas” e conquistou 157 pontos, com 5 notas 10. Para Reinaldo César dos Santos, presidente da escola da Zona Sul, como também é conhecida, o título representa muita dedicação ao trabalho nesses últimos dois anos.

“Vai além, tem sabor de superação, trabalho e muita dedicação, de tudo aliás. Quando cheguei na presidência, primeira coisa foi conquistar a comunidade e todos voltaram a acreditar. São dois anos de trabalho e o resultado é isso aqui, a Nova Corumbá de volta ao primeiro lugar e uma escola unida”, disse Reinaldo disse ao Diário Corumbaense.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Diretoria da Mocidade recebendo o troféu de campeã do carnaval 2022

Apaixonada pela escola de samba, Maria Lúcia Calábria Rocha (Morocha), estava inquieta durante a apuração, mas no momento em que foi anunciado o resultado, não conteve a alegria e a emoção. “Símbolo de muita luta. Saímos sem dever ninguém, deixando dinheiro dentro da cidade, contratamos pessoal daqui mesmo. As fantasias todas foram feitas aqui em Corumbá, dentro do barracão. Tudo foi daqui, só o tecido veio de fora. Quando você ama sua escola, o resultado sempre é positivo. Esse título é resultado de um trabalho árduo que fizemos. Tenho 76 anos e seguirei aqui”, falou Morocha.

O carnavalesco, Edilson Oliveira, reforçou que o título veio das forças de Ossain, junto com o trabalho árduo de todos os que amam a escola e lutam para que ela esteja na Avenida.

“Ossain é Candomblé, é força, é axé, é união. A Mocidade nos últimos minutos conseguiu buscar essa força com os orixás. Quero agradecer aos aderecistas que estão comigo e a todos os que estão envolvidos e amam a agremiação. Só tenho a agradecer”, falou Edilson.

Mais cedo, a Mocidade, levou o prêmio Esplendor do Samba, realizado pelo Diário Corumbaense, como Melhor Escola e Melhor Escola pela Internet, categoria que estreou nesta 12ª edição da premiação, pelo voto dos internautas. Levou ainda outras cinco placas douradas: Comissão de Frente, Samba-Enredo, Intérprete, Ala das Baianas e Rainha da Bateria

Superação

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Major Gama vem numa crescente e ficou com o vice-campeonato

Em segundo lugar, com 156,3 pontos, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Major Gama, que veio de um último lugar e sexta colocação nos dois últimos carnavais de Corumbá. Com um tema bem especial, a agremiação levou para a passarela do samba uma grande homenagem à mulher, por meio das inúmeras “Marias” espalhadas pelo mundo, com o enredo: “Com as bênçãos da Pomba da Paz, a Major Gama exalta as Marias da História da Vida”.

O vice-presidente da escola, Xixo da Vila, disse que a meta foi cumprida. “É muito gratificante. Aquele ditado, nós apanhamos e aprendemos com os nosso erros. Ao longo desses anos à frente da diretoria, aprendemos sim com os erros e graças à Deus, nesses últimos anos colocamos como meta tirar a Major Gama desse abismo. Ela está de volta e repito, o lugar em que a Major Gama merece estar é sempre entre as primeiras”, declarou.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A Pesada ficou com a terceira colocação

A terceira posição, ficou com A Pesada, que obteve 156,1 pontos, apresentando o enredo Em uma história de amor, nem tudo que reluz é ouro”. 

O presidente da Liesco (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá), Victor Raphael, destacou a superação como palavra para o Carnaval fora de época. 

“Um carnaval onde as escolas tiveram que se superar dentro dos seus barracões, dentro das suas comunidades. Foram situações atípicas, carnaval em abril, dias diferentes, mês diferente, temperatura diferente, então, a a grande lição desse Carnaval é que apesar dos contratempos, a folia seguiu viva, o público compareceu e acompanhou as escolas de samba”, disse o dirigente da Liesco.

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