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Prefeitura vai coordenar integração logística entre Corumbá e Norte da Argentina

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMC em 09 de Setembro de 2021

Reprodução

Reunião online aconteceu na quarta-feira

Com total apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Prefeitura de Corumbá vai coordenar a integração logística entre a região pantaneira e as cidades de Salta, Jujuy e Tucuman, todas localizadas no norte da Argentina. O tema foi debatido durante reunião online realizada na tarde de quarta-feira, 08 de setembro, e que contou com a presença do ministro da carreira diplomática do MRE, João Carlos Parkinson.

Participaram da agenda o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Cássio Augusto da Costa Marques, o assessor especial da Prefeitura, Élbio Mendonça, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Corumbá (ACIC), André Campos, do vereador Manoel Rodrigues, e do diretor da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (FIEMS) na região, Lourival Vieira, que também atua como gerente de Comércio Exterior no Executivo Municipal.

“A ideia é estabelecermos um documento, elaborado pelo MRE, definindo algumas diretrizes e colocando Corumbá na coordenação desse trabalho. O principal objetivo é promover essa cooperação comercial com as cidades do norte Argentino, principalmente no que se refere a logística ferroviária”, que é estratégica não só para o mato Grosso do Sul, mas também para o Brasil”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável.

Cássio Marques lembrou ainda que a Prefeitura integra o grupo de trabalho que debate a viabilidade do acesso ferroviário ao corredor bioceânico – ligando Corumbá até Antofagasta, no Chile, através da Bolívia e Argentina – e destacou o empenho do prefeito Marcelo Iunes durante todo o processo de estudo da viabilidade técnica, política e financeira dos corredores bioceânicos, retomado efetivamente em 2017.

A FIEMS também vai participar do grupo de trabalho que envolve ainda empresários argentinos e brasileiros, além dos presidentes das Câmaras de Comércio Exterior de Salta, Jujuy e Tucuman. Na avaliação do chefe de gabinete da presidência da FIEMS, Robson Del Casale, a Federação das Indústrias têm interesse em trabalhar nessa discussão. “Principalmente quanto ao ponto de vista empresarial de política de fomento ao desenvolvimento industrial do Estado”.

Segundo a FIEMS, a Argentina é o quarto principal comprador de produtos de Mato Grosso do Sul, sendo responsável por US$ 199 milhões ou 3% da receita total exportada pelo Estado no ano de 2020 (US$ 5,8 bilhões). Em volume, foram vendidos 1,4 milhão de toneladas de produtos de MS para a Argentina. Em contrapartida, o país vizinho é o 16.º principal fornecedor de produtos para Mato Grosso do Sul, com US$ 6,5 milhões ou 0,3% do valor total importado pelo Estado no ano de 2020 (US$ 1,9 bilhão).

Para o chefe de gabinete da presidência da FIEMS, a viabilização de novos corredores logísticos ligando os dois países deve ampliar os negócios. “Entendemos que isso pode favorecer o comércio entre Corumbá e o Norte da Argentina. Por isso, vale destacar ainda que temos aqui o CIN (Centro Internacional de Negócios), vinculado ao IEL, que pode ajudar nas relações comerciais entre os dois países”.

O ministro Parkinson destacou que com uma integração maior entre Corumbá e o Norte da Argentina, as duas regiões deverão gerar novos fluxos de comércio, atraindo investimentos e gerando mais empregos. “Temos uma produção complementar e podemos usar isso para intensificar essa integração. Com isso, teremos mais investimentos para novas alternativas logísticas, que vão facilitar ainda mais essas relações comerciais”.

Na mesma linha, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Corumbá, Cassio Augusto da Costa Marques, reforçou que com a atração de novos investimentos em logística, uma alternativa viável é a revitalização da malha Oeste ferroviária. “Se apresentarmos o potencial comercial entre Corumbá e o Norte da Argentina, com a quantidade de carga que pode ser movimentada entre as duas regiões, podemos acelerar essa revitalização, além de trazer novos investimentos em outros modais”.