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Chefe de quadrilha alvo da PF fugiu de prisão e só foi descoberto 4 anos depois

Campo Grande News em 06 de Maio de 2021

Divulgação/PF

Dinheiro apreendido durante as ações da operação "Grão Branco"

Ary Fernando Swenson Hernandez, 52 anos, está preso em Corumbá, desde novembro de 2020, quando foi expulso da Bolívia e entregue à Polícia Federal na cidade fronteiriça sul-mato-grossense. Estava foragido do Brasil há quatro anos. Saiu em 2014 pela porta da frente de prisão na qual cumpria pena imposta pela Justiça Federal em Jundiaí, São Paulo, por tráfico internacional de cocaína. 

Beneficiado pelo regime semiaberto, depois de cumprir dois terços da pena de sete anos de reclusão, nunca mais apareceu. Mas não deixou de agir à margem da lei, segundo as autoridades, comandando organização dedicada ao comércio transnacional de droga, a partir de Santa Cruz de La Sierra. É ele o homem apontado como chefe de organização criminosa alvo da operação “Grão Branco”, desencadeada nesta quinta-feira (06) pela Polícia Federal, para cumprir 249 mandados em nove estados.

Segundo as investigações, o grupo pagava valores de R$ 100 mil a pilotos para transporte da carga ilegal em avião. Um dos pilotos é o ex-vice-prefeito de Ponta Porã, Nélio Alves de Oliveira, de 70 anos.

A cada "encomenda" de entorpecente, o valor envolvido é estimado em mais de R$ 8 milhões. O chefão, até ser "devolvido" ao Brasil, comandava tudo de um condomínio de luxo em Santa Cruz. Depois de sua captura, deixou outras pessoas cumprindo as tarefas ilegais, indica a operação.

Nas diligências de hoje, foram apreendidos  itens que mostram a ostentação com o dinheiro da venda de droga, como por exemplo coleção de relógios e joias. 

Foram cumpridas ordens de prisão, busca e apreensão e de sequestro de bens em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

Duas apreensões de cocaína, totalizando quase uma tonelada da droga, foram estopins para a operação: uma ocorreu em Pontes de Lacerda, no Mato Grosso, em janeiro de 2019, quando seis pessoas foram presas com 495 kg de cocaína.

Durante o desdobramento dessa ação, a PF prendeu 10 pessoas, interceptando  3,8 toneladas de cocaína. Também foram apreendidos, aeronaves e veículos utilizados no transporte da droga.