Leonardo Cabral em 01 de Fevereiro de 2021
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Embarcações seguiram neste domingo para o início do pesque e solte
Ganhando cada vez mais espaço na região, o pesque e solte, reforça a conscientização ambiental no Pantanal, bem como impulsiona o turismo esportivo. A modalidade também é defendida por boa parte dos empresários que atuam no ramo turístico de pesca em Corumbá.
O gerente geral do Barco Hotel Almirante, Manoel Júnior, disse ao Diário Corumbaense, que a liberação da modalidade é de extrema importância para o setor. “Nosso grupo, com oito turistas, embarcou na tarde de domingo e seguiu até Porto Índio. Eles ficarão por uma semana navegando e praticando o pesque e solte, modalidade essa, que é importante ser reforçada, pois o peixe está sumindo e daqui a pouco, não teremos o que pescar e consequentemente, não teremos turistas, perderemos empregos aqui e isso impacta direto na economia”, falou Manoel.
Ele salientou que desde o ano passado, a empresa que administra adotou o pesque e solte, ajudando a divulgar a cidade como destino de pesca esportiva, atraindo mais os visitantes. “Todas as nossas embarcações adotaram a modalidade desde o ano passado, mesmo não tendo lei. Esse ano, vamos trabalhar apenas com o pesque e solte. O turista que contrata a nossa empresa, já é informado que os contratos são no pesque e solte, podendo capturar o peixe, fotografar e depois soltá-lo. Corumbá tem muito potencial nesse ramo e é importante essa prática de turismo em nosso município”, mencionou o gerente reforçando as medidas de biossegurança contra o novo coronavírus.
“Adotamos todas as medidas de prevenção contra a covid-19, desde os nossos profissionais que atuam nas embarcações até os cuidados com os turistas. É um compromisso entre as empresas de turismo, Anvisa e Secretaria Municipal de Saúde”, completou.
“Pesque não leve”
Luiz Martins, empresário do ramo de turismo em Corumbá e também presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (Acert), frisou que hoje cerca de 80% dos turistas que se deslocam para Corumbá, entendem e se aventuram na pesca esportiva.
Diário Corumbaense Antes do embarque, turistas e tripulantes passaram por procedimentos de biossegurança contra o novo coronavírus
“Temos um bom número de turistas que estão aderindo a essa ideia. A gente sabe que a natureza não cresce na proporção do extrativismo. Temos que ter o controle da retirada do que existe ainda, pois através disso, teremos a pesca esportiva por muitos anos em nosso Pantanal”, explicou o empresário a este Diário.
Fiscalização redobrada
Equipes da Polícia Militar Ambiental irão reforçar a fiscalização na calha do rio Paraguai, bem como nos rios da bacia, para evitar a pesca, tendo em vista que a permissão do pesque e solte é só para o leito do rio Paraguai. Quem for flagrado "matando" o peixe, será preso por pesca predatória.
À exceção do pesque e solte na calha do rio Paraguai, a PMA informa que a única pesca permitida neste período na bacia do Paraguai e nos rios de domínio do Estado na Bacia do Paraná, é a pesca de subsistência para o ribeirinho. Ele pode capturar 3 quilos ou um exemplar, respeitando as medidas permitidas, porém, não pode comercializar em hipótese alguma.
A PMA reforça às pessoas que vão descansar em ranchos e locais às margens dos rios, que respeitem a legislação. Infratores podem ser presos e encaminhados à Delegacia de Polícia Civil para lavratura do auto de prisão em flagrante, podendo, se condenados, pegar pena de um a três anos de detenção.
A proibição da pesca começou em 05 de novembro de 2020 e vai até 28 de fevereiro.
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