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“Amigo” cria perfil fake para fazer ameaças e vai preso por estupro filmado

Campo Grande News em 26 de Novembro de 2020

Um indivíduo de 25 anos foi preso na quarta-feira (25) suspeito de estuprar uma mulher, de 41 anos, após ameaçá-la através de um perfil fake nas redes sociais. O caso aconteceu em Sonora, município que fica há 364 km de Campo Grande. A prisão ocorreu durante a operação "Perfil Fake" da Polícia Civil da cidade.

O homem, que a princípio era amigo da vítima criou um perfil fake e de lá começou a pedir imagens de cunho sexual à mulher, ameaçando-a e ameaçando inclusive os filhos dela. Durante as investigações foi constatado que o fake e o amigo eram a mesma pessoa. Ele então mandava foto da residência, do carro e dos filhos dela, inclusive mandou fotos de uma arma que depois foi comprovada que era de brinquedo.

Uma mulher que se identificou à reportagem como irmã da vítima, contou que o rapaz era amigo de frequentar a casa da mulher e que ela contava a ele sobre as ameaças. Em uma delas, o fake pedia um vídeo sexual e detalhava como devia ser feito, caso contrário mataria os filhos dela. O “amigo” então, para "ajudar" teve relações sexuais com a vítima, que posteriormente, enviou o vídeo ao perfil.

Passado um tempo a vítima começou a desconfiar desse amigo e cortou contato com ele, desde então, o vídeo foi vazado na internet. A mulher  procurou ajuda de policiais que prenderam o homem na quarta-feira.

“Foram dias de tortura. Ela ficou muito mal. Difícil ainda foi quando ele soltou os vídeos, a população fez comentários maldosos, mas agora ela está aliviada porque ele foi preso”, conta a irmã da mulher.

As ameaças começaram no final do mês de outubro. Conforme apurado pelo site O Portal P News, durante as investigações foram analisados os perfis e as mensagens trocadas nas redes sociais do suspeito e do fake e descobriram que era a mesma pessoa.

Ele foi preso em via pública, mas na casa dele foram apreendidos computadores, celulares e arma que ele utilizava para intimidar a vítima. Responderá ainda por estupro, ameaça, injúria e divulgação de cena de sexo ou pornografia. Se somadas as penas ultrapassam 17 anos de prisão.