Rosana Nunes em 11 de Novembro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Nível do rio vem subindo há quase duas semanas consecutivas
Nesta quarta-feira, 11 de novembro, a altura do rio Paraguai, na régua do 6° Distrito Naval de Ladário, alcançou a marca negativa de 1 centímetro (-0,01 cm). O nível do rio vem subindo há quase duas semanas consecutivas. A marca mínima foi de -32 centímetros, atingido nos dias 23 e 25 de outubro. Foram as menores alturas desde 1973, quando a régua da Marinha ladarense marcou -2 centímetros em 19 de outubro daquele ano.
A partir da marca mínima – em outubro deste ano – teve início o período de recuperação. Em 14 dias, as projeções apontam para índice positivo com altura de 5 centímetros na centenária régua de Ladário.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o modelo de previsão indica que há “em geral, uma recuperação dos rios da bacia. Por exemplo, em Cáceres, os níveis mínimos já parecem ter sido observados e os rios mostram tendência de retomada dos níveis”. Ainda segundo o CPRM, a recuperação dos níveis será lenta em razão de as chuvas previstas ficarem “levemente abaixo da normal para os próximos 15 dias”.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
De ontem para hoje, nível do rio Paraguai em Ladário, subiu três centímetros
Maior vazante em quase 5 décadas
Embora seja possível visualizar bancos de areia em trechos do rio, o nível negativo não significa que as pessoas podem "atravessar a pé" o rio Paraguai. A explicação para isso é que a centenária régua ladarense foi instalada num local de fácil leitura (margem direita do rio), assim, o zero da régua não corresponde ao local mais profundo. Mesmo com a marca de zero centímetro, o rio tem largura aproximada de 250 metros e uma profundidade média de 4 metros. Daí a explicação para o fato dessa régua já ter registrado valores negativos, como ocorreu em 1964, quando o nível ficou 61 centímetros abaixo do zero.
Dados do CPRM mostram que três das cinco vazantes mais rigorosas, em Ladário, aconteceram em setembro e duas em outubro. Em 1964 o rio alcançou a menor marca chegando aos -61 cm (em setembro). Em 1971 mediu -57 cm (setembro). Em 1967 alcançou -53 cm (outubro). Dois anos depois, em 1969, a régua do 6º Distrito Naval registrou os mesmos -53 centímetros (setembro). A quinta maior vazante aconteceu em 1910 com -48 cm (outubro).
Região Hidrográfica do Paraguai
A Região Hidrográfica do Paraguai ocupa 4,3% do território brasileiro (363.446km²), abrangendo parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o que inclui a maioria do Pantanal, maior área úmida contínua do planeta. Os principais cursos d’água são: rio Paraguai, Taquari, São Lourenço, Cuiabá, Itiquira, Miranda, Aquidauana, Negro, Apa e Jauru.
Na RH do Paraguai moram 2,39 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo 87% em áreas urbanas. A maior das 78 cidades da RH do Paraguai é a capital de Mato Grosso: Cuiabá. Outras cidades também possuem contingente populacional significativo, como: Várzea Grande (MT), Rondonópolis (MT), Corumbá (MS), Cáceres (MT), Tangará da Serra (MT) e Aquidauana (MS).
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