Silvio Andrade, da Assecom Governo de MS em 09 de Outubro de 2020
Divulgação/Bombeiros
Já foram registrados 42.193 focos de calor no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso este ano
O esforço do Estado para controlar os focos de calor, que se propagam pelas condições climáticas extremas, reúne a maior estrutura humana e de aeronaves já criada em Mato Grosso do Sul para esse tipo de ação em defesa do meio ambiente e das comunidades que se instalaram ao longo dos rios. São mais de 400 homens e mulheres, entre militares e civis, sete aeronaves e dezenas de viaturas de médio e grande porte. Atualmente, essas forças, que compõe a Operação Pantanal II, sob a coordenação da Marinha e do Governo do Estado, se concentram em sete bases estratégicas para facilitar deslocamentos e ações rápidas, a maioria no Pantanal de Corumbá.
Sete frentes de combate
Bombeiros de Mato Grosso do Sul, do Paraná e Santa Catarina e brigadistas da Força Nacional, Marinha, Exército, Ibama e ICMbio, além de voluntários de entidades não-governamentais, estão distribuídos em Corumbá (cidade), Serra do Amolar , Fazenda Bodoquena (combate no Parque Estadual do Rio Negro), Estrada Parque, Porto Esperança e região Nordeste/Leste do Estado, onde ocorrem incêndios em florestas plantadas e parques estaduais do Taquari e Ivinhema.
Divulgação/Bombeiros
Mais de 400 pessoas estão envolvidas na operação de combate aos incêndios no Pantanal
“Apesar desses números alarmantes, que demonstram a gravidade de uma seca recorde, os esforços governamentais e da sociedade civil tem conseguido ainda preservar mais de 78% do Pantanal, mesmo em regiões onde o combate é difícil pela distância, falta de acesso e tipo de topografia, como a região do Amolar”, explicou o tenente-coronel Moreira.
Ainda não ocorreram, precipitações no Pantanal, exceto na área urbana de Corumbá, onde, na quarta-feira, choveu apenas 0,6 milímetro. O contra-almirante Sérgio Guida, comandante do 6º Distrito Naval da Marinha, com sede em Ladário, disse que a Operação Pantanal II vem logrando êxito no combate e prevenção aos focos de calor em todo o bioma. Salientou que a extinção dos incêndios somente ocorrerá com chuvas volumosas, devido à intensidade da estiagem na região.
“Estamos com uma grande força em campo, onde a Marinha apoia não apenas com tropa mas colocando aeronaves para deslocamento de brigadistas para áreas de grandes distâncias, e devemos manter atenção redobrada na Serra do Amolar, onde a operação está com mais de 40 combatentes e aeronaves. A prevenção deve ser o foco”, observou.
A coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Franciane Rodrigues, disse que as chuvas mais intensas devem ocorrer nas regiões Sudoeste e Sul (30 milímetros acumulados), a partir do dia 20.
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