Cidade Dom Bosco se “reinventa” com o uso das redes sociais

Por conta das regras de isolamento social, medida de prevenção ao contágio do novo coronavírus, a Cidade Dom Bosco, assim como diversas ONGs e obras sociais no Brasil e no mundo, teve que paralisar as suas atividades presenciais com os educandos e suas famílias. A instituição foi fundada em 03 de abril de 1961 pelo padre Ernesto Sassida, falecido em 2013, e desde então, tem forte atuação na assistência social e formação de jovens. 

Apesar da pandemia, para as cerca de 500 crianças e adolescentes atendidos pelos projetos e programas da Cidade Dom Bosco, o uso das redes sociais tem sido a saída para a continuidade das ações. 

Foi lançado o projeto “Oficina em Casa”, onde os educadores das oficinas oferecidas pelos programas do setor social da obra, como o Karatê e Libras (Língua Brasileira de Sinais), gravaram diversos vídeos com lições básicas sobre suas atividades, deixando inclusive tarefas e exercícios para os educandos praticarem em casa.

Os trabalhos não param por aí. A Pastoral Juvenil, movimento do carisma Salesiano que trabalha especialmente com os jovens, também tem produzido vídeos, posts diários com reflexões em suas páginas e grupos de conversa, além de transmissões ao vivo.

Somente em duas lives produzidas pela equipe de Pastoral no fim de abril, foram mais de 5 mil visualizações que, juntamente com a publicação dos vídeos e posts, alcançou quase 30 mil pessoas somente na Fanpage do Facebook da Cidade Dom Bosco.

A coordenadora da Pastoral Juvenil, Ana Reinaldi, diz que com a nova onda das lives nas redes sociais e, por ser atrativo principalmente para os jovens, a ideia surgiu da própria equipe da Pastoral.

“A proposta é a mesma, de levar a alegria e o evangelho aos jovens, só que dessa vez, para toda a família em casa. Neste momento, a rede social é a única forma de estarmos mais próximos. Através da alegria e do amor salesiano, sempre reforçamos que, apesar desse distanciamento social, estamos à disposição para um 'bate-papo', uma orientação. É um grande desafio, pois 95% das atividades da Pastoral antes das lives eram realizadas com a presença da juventude", completou Ana Reinaldi.

Já o coordenador da Cidade Dom Bosco, Fernando Melgar, diz que o projeto tem servido como uma ferramenta de contato essencial. “Um caminho para a continuidade do trabalho da obra social nesse momento, que, além das oficinas, tem divulgado também suas iniciativas de caridade e ajuda humanitária, como o projeto #MãosQueAjudam. O projeto traz o seguinte lema: ‘não podemos estar reunidos, mas estaremos unidos', para ensinar, dialogar, divulgar e também ajudar ao próximo, reforçando assim, as medidas, mas amenizando essa fase, com a utilização das redes sociais, que possibilita essa reinvenção e adaptação aos novos meios de contato com as pessoas', disse.

Seguem funcionando

Além das atividades educativas e de caráter evangelizador, o setor de assistência social também continua funcionando, por meio de iniciativas que visam atender as famílias em situações de emergência.

“Montamos três etapas para prosseguir no acompanhamento das famílias e atendidos. A primeira, oferecemos formação a respeito da necessidade de higienização e os cuidados básicos para evitar o Coronavírus antes mesmo de paralisamos as atividades da Obra. Segundo, montamos uma central de informações para as famílias que poderiam receber o auxílio emergencial do Governo. Estamos agora, no monitoramento das famílias que precisam de alimento e atendemos através das doações dos benfeitores”, explicou o padre Eduardo Moura, diretor da Cidade Dom Bosco.

Para conferir o trabalho desenvolvido pela Cidade Dom Bosco no Facebook, basta acessar o link https://www.facebook.com/msmtcidadedombosco/, ou buscar pelo nome da @cidadedombosco no Instagram. Com informações da Comunicação Social Cidade Dom Bosco.

idade Dom Bosco

 

Fundada em 03 de abril de 1961 pelo padre Ernesto Sassida, a Cidade Dom Bosco inicialmente era chamada de "Escola Profissional Alexandre de Castro". Tudo começou em um barracão doado por dona Catarina Anastácio Cruz, que cedeu espaço de sua casa para a construção dessa  obra social e educativa.

De origem eslovena e falecido em 13 de março de 2013, o padre Ernesto continua "vivo" no ideal das ações que são mantidas em toda essa grande estrutura idealizada e criada por ele, bem como em cada cidadão beneficiado direta ou indiretamente com o trabalho continuado pela Missão Salesiana de Mato Grosso e doadores, em sua maioria, da Europa.

Em relação à escola, há um convênio entre o Governo do Estado e a Missão Salesiana. O Estado paga os professores e o aluguel do prédio enquanto a Missão Salesiana cuida da manutenção da estrutura.