Leonardo Cabral em 12 de Março de 2020
Divulgação/PMC
Profissionais da saúde durante capacitação sobre coronavírus em Corumbá
Porém, em Corumbá, onde não há caso suspeito, a preocupação aumenta porque o município faz fronteira seca com a Bolívia. Naquele país, três casos da doença foram diagnosticados, sendo dois na cidade de Santa Cruz de La Sierra (distante 650 km da fronteira com o município pantaneiro), principal destino de corumbaenses e turistas brasileiros e estrangeiros, e um em Oruro. Uma morte suspeita, na cidade El Alto, que estava sob investigação do Ministério da Saúde boliviano foi descartada, mas cinco novos casos suspeitos estão sendo investigados.
De acordo com o secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, por enquanto não se cogita fechar a fronteira com as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez ou algo parecido. Ele ressaltou que desde o início de fevereiro, antes da confirmação do primeiro caso no Brasil, medidas preventivas foram tomadas na cidade.
“Fizemos reuniões com os órgãos responsáveis pela entrada de pessoas no Brasil, com o Governo do Estado e com representantes da Bolívia. Instituímos e divulgamos como deve ser o fluxo de atendimento e realizamos uma capacitação para toda a rede. No começo da doença, não existe diferença quanto aos sinais e sintomas de uma infeção pelo corona, por isso, pedimos que as pessoas tomem os cuidados de prevenção e se apresentarem os sintomas ou tiverem contato com alguém infectado, procurem atendimento médico”, explicou ao Diário Corumbaense.
Rogério Leite salientou que na cidade e nem no Estado há casos confirmados da doença. "O Município está divulgando no site da Prefeitura tudo o que está sendo feito, e também os números da Vigilância Epidemiológica, como notificações de dengue, zika e H1N1. Pois, só assim, por meio da transparência, o cidadão poderá fazer a sua parte", completou.
O secretário disse ainda que a população não pode se esquecer que no Brasil há muito mais pessoas com dengue. “Doença que também mata, não podemos deixar de combater a dengue, mantendo nossas casas limpas e sem focos do mosquito transmissor”, frisou.
A capacitação, realizada pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Corumbá, Mariângela Capurro e pelo médico infectologista, Hilton Luís Alves Filho, foi destinada a médicos, enfermeiros, odontólogos, auxiliares de saúde bucal e recepcionistas. Também foram convidados a participar os profissionais de Ladário, Cassems, Marinha, Exército e Samu.
Sintomas e recomendações
O vírus pode deixar as pessoas geralmente com uma doença do trato respiratório superior de leve a moderada, semelhante a um resfriado comum. Os sintomas do coronavírus incluem coriza, tosse, dor de garganta, possivelmente dor de cabeça e talvez febre, que pode durar alguns dias.
Para aqueles com um sistema imunológico enfraquecido, idosos e muito jovens, há uma chance do vírus causar uma doença do trato respiratório mais baixa e muito mais grave, como uma pneumonia ou bronquite.
Para evitar contaminação, as autoridades em Saúde recomendam medidas básicas de higiene, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo. Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas. Não compartilhar copo, talheres e canudos. (matéria editada para atualização do número de casos no Brasil).
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