Leonardo Cabral em 25 de Fevereiro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Robson e Franciele, retratou O Sol - mitologia egípcia, Deus dos faraós
A agremiação, com mais de mil componentes, abusou dos tons durados em todos os setores da escola, não se “amarrou” na sua ordem cronológica, como a criação e seu passado. A comemoração do Jubileu de Ouro foi feita de uma forma diferente, exaltando o “dia da volta da alegria” da A Pesada, na passarela do samba, remetendo aos três títulos conquistados no grupo especial.
Na comissão de frente, A Pesada trouxe os anunciadores do Jubileu, com suas trombetas, que propagavam a passagem da rainha da noite, a própria agremiação, pois segundo a origem judaica, a trombeta era tocada somente no jubileu de ouro que é a celebração formal dos 50 anos de determinado ato histórico como um acontecimento religioso de repercussão universal ou para a coroação ou aniversário de uma rainha, como a anfitriã da noite, a “Rainha A Pesada”.
As riquezas do rei Salomão fizeram parte da apresentação da escola de samba. No abre-alas, em lugar de destaque o fundador e presidente da agremiação, Ney Colombo, cercado de integrantes com fantasias luxuosas dando o tom da comemoração do Jubileu de Ouro.
A bateria do mestre Diego, cujos ritmistas vieram fantasiados de guardiões das minas do rei Salomão, entrou no recuo fazendo evolução, com Izaura Colombo como “Rainha de Sabá”, fazendo desfile de superação, após ter sofrido um acidente de moto uma semana antes da passagem da escola na avenida. Entre vários arranjos que executou durante a apresentação, incluindo uma roda de samba com uma “paradinha”, que convidou o público a cantar junto o refrão do samba, a bateria promoveu um dos momentos mais impactantes do desfile.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Bateria veio como guardiões das minas de ouro do rei Salomão e deu show
Passando pelos seus desfiles, a agremiação não deixou de relembrar o enredo com Alice no País das Maravilhas, que lhe rendeu o título em 2013 e também o enredo remetendo o Último dos Moicanos, Ney Colombo, homenageado em 2014, conquistando o bicampeonato, assim, como o enredo infantil, em 2015, quando a escola caiu para o Grupo de Acesso, deixando o Grupo Especial, quando as agremiações ainda competiam entre dois grupos.
O santo protetor da escola, São Jorge, não deixou de ser lembrado, pois foi com ele, que A Pesada conseguiu conquistar o último campeonato no ano passado, sendo o santo mensageiro do amor.
Com o carro, veio a figura de um “Palhaço”, representando a alegria de 50 anos de festa 50 anos de existência, 50 anos trazendo alegria para as crianças de zero a 100 anos.
A Velha Guarda da A Pesada encerrou o desfile da escola. Em nome da agremiação, agradeceram a todos pela presença, aos convidados e, por fim, ao carnaval de Corumbá nesses 50 anos de festa na passarela do samba. A escola fez o desfile como planejado pelo presidente Ney Colombo, com muita comemoração pelos 50 anos da A Pesada.
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