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Vila Mamona aposta em “paradinha” da bateria ao enaltecer os mistérios da natureza

Leonardo Cabral em 24 de Fevereiro de 2020

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Comissão de Frente retratou surgimento da arte da criação

Os mistérios e encantos da Natureza em cores. Foi assim, que o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Mamona, que encerrou o primeiro dia de desfiles em Corumbá, já na madrugada desta segunda-feira, 24 de fevereiro, entrou na Avenida General Rondon.

A escola trouxe para o público o samba-enredo A Vila Vem Mostrar a Natureza, que ganhou o primeiro título da agremiação no carnaval de 1982.

Os cerca de 1.000 componentes e os foliões das arquibancadas embarcaram numa viagem fascinante pelos mistérios que habitam os santuários naturais, misturando à magia dos carnavais, num mundo de cor, cheiro e tão natural quanto as belezas da própria natureza. Uma estratégia ousada da escola foi fazer a famosa “paradinha” no refrão do samba, contando com a participação dos integrantes e do público.

Na comissão de frente, a Vila retratou o surgimento da arte da criação, onde foi possível folhas em branco se tornarem em diversas matizes e formas, através da sensibilidade do Artista Maior, numa explosão de pó em cores, causando grande efeito na avenida.

No carro abre-alas, a agremiação fez com que o público descobrisse os mistérios do mar, mesma fantasia que caracterizou os 100 componentes da bateria, comandados pelo mestre Igor Medeiros.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Mestre Igor, rainha Raiane e a bateria deram show na avenida

A rainha Raiane Oliveira veio representando a sereia das águas, que como as ondas do mar, fez uma explosão com muito samba no pé. Apesar das águas salgadas, o lendário simbolismo ribeirinho, o Minhocão, foi lembrado na apresentação da escola de samba com a evolução da bateria. Figura importante dentro da história da Vila Mamona, Mestre Antero, veio fazendo malabarismo com o pandeiro.

Apesar de consciente do grande impacto que o meio ambiente vem sofrendo em todo o mundo, a escola optou por focar na beleza e importância dos elementos naturais. Algas marinhas, vitórias régias, camalotes, revoada dos pássaros, os encantos e mistérios do mar puderam ser vistos durante a passagem da escola do bairro Universitário.

As últimas alas, trouxeram a junção do carnaval com os elementos naturais, sendo assim, apresentaram-se: Pierrot das Águas; Colombina dos Ares; Arlequim das Matas; O Palhaço do Amor.

A Vila Mamona encerrou o desfile com um dos quatro carros alegóricos que levou para a avenida, intitulado O carnaval da Natureza, mostrando a folia em sintonia com o meio ambiente, levando a mensagem da alegria e da preservação, necessária para que haja o equilíbrio na vida da terra.

Assim como a Mocidade da Nova Corumbá, a Vila Mamona também estourou o tempo regulamentar de 70 minutos. Foram três minutos excedentes, ou seja, perda de seis décimos no início da apuração oficial na próxima quarta-feira de cinzas. Cada minuto a mais equivale à perda de dois décimos. 

Embora a ala das baianas não seja mais quesito avaliado pelo júri oficial, as escolas de samba têm que se apresentar com no mínimo 16 baianas. A Vila desfilou com 14. Com isso, descumpriu a obrigatoriedade prevista no regulamento e deve ser punida com perda de um ponto para cada baiana a menos, no caso, menos dois pontos. (matéria editada para atualização de informação). 

Galeria: G.R.E.S. Unidos da Vila Mamona

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