Campo Grande News em 25 de Outubro de 2019
O policial militar ambiental Jurandir Miranda, de 47 anos, foi morto a tiros, durante uma discussão com um outro policial militar, na noite de quinta-feira (24) em um bar de Aquidauana, cidade a 135 quilômetros de Campo Grande. Mesmo depois de ter atirado seis vezes contra o colega de farda, o soldado da Polícia Militar Izaque Leon Neves, 33 anos, ainda tentou enforcar o cabo Jurandir Miranda, mas foi impedido por outro policial que passava pelo local no momento do crime.
A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional da cidade, mas não resistiu. Conforme boletim de ocorrência, Izaque estava sentado em frente a sua lanchonete, conhecida como Fênix, quando Jurandir se aproximou pilotando a motocicleta Yamaha/XTZ 125 branca, fez uma conversão na via e estacionou em frente ao estabelecimento. Izaque, então, se levantou da cadeira, sacou a pistola .40 e disparou contra a vítima que ainda estava em cima da moto.
Após ser atingido, Jurandir caiu na rua. Mesmo assim, Izaque continuou atirando e, na sequência ainda tentou enforcar o colega, mas foi impedido pelo policial militar Marcus Vinícius Cristaldo Barbosa, 25 anos, que passava pelo local. Marcus desarmou o autor e tentou detê-lo, mas Izaque conseguiu escapar e fugir.
No local onde ocorreu o crime foram encontradas seis cápsulas deflagradas de pistola calibre .40 (arma utilizada pelas forças policiais).
O motivo do crime seria ciúmes. Jurandir namorava com a ex-mulher de Izaque, que não aceitava o fim do casamento. Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, os dois já haviam discutido por diversas vezes e um ameaçado o outro. Ambos chegaram a sofrer punições militares por causa da situação.
Izaque ainda não foi preso. Procurada pela Polícia Civil, a capitã Cleide Maria disse, de acordo com boletim de ocorrência, que caso o soldado seja capturado pela PM será apresentado na corregedoria da corporação em Campo Grande, pois segundo ela, se trata de um crime de competência militar.
O caso foi registrado como homicídio fútil e violência doméstica. As armas, tanto do suspeito quanto da vítima, não foram entregues na delegacia.
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