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Setembro Amarelo: Caps ajudam na prevenção ao suicídio

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMC em 26 de Setembro de 2019

Existe muito preconceito e discriminação, principalmente com a gente de uma classe social baixa. Acham que só porque sou pobre não posso ter depressão e problemas, eu sofria muito e era muito infeliz”. Esse é o relato de Maria Inês, e de muitos dos 350 pacientes que são acompanhados por mês pelos Centros de Atenção Psicossocial de Corumbá.

Natália Capille Serra/PMC

Maria Inês enfrenta a depressão há 10 anos; hoje recebe atendimento no Caps

Ao longo de sua vida, Maria Inês passou por inúmeras situações que contribuíram para agravar sua saúde mental. “Eu não queria ser feliz, me excluía de todos, tomava remédios para dormir o máximo de tempo possível, não tinha motivação para sair da cama e fazer nada, cheguei a pesar 30 quilos e até ser internada após uma tentativa de suicídio. A ajuda da minha irmã foi muito importante, ela sempre me amparava e acreditava em mim”.

psicólogaVanessa Rodrigues, que atende no Caps há mais de 5 anos, explica: “Todas as pessoas podem ser afetadas, em algum momento, por problemas de saúde mental, algum fato ou situação podem ser gatilhos para início do problema. É comum que sejam incompreendidas e excluídas, devido a falsos conceitos. É fundamental falar e pedir ajuda, só assim poderemos realizar o correto tratamento”.

Após mais de 10 anos sofrendo com a depressão, Maria Inês foi encaminhada para realizar acompanhamento no Caps. “Ano passado quando inciei o tratamento, estava vindo para o atendimento, parei na esquina da Colombo com a Cáceres e pensei em me jogar na frente de um carro que estava correndo, como se fosse um acidente, mas na hora lembrei da minha psicóloga, a Vanessa, e do que tínhamos conversado, se não fosse ela hoje não estaria aqui, tenho muito a agradecer”.

“Hoje me sinto uma pessoa bem melhor, desde quando comecei os atendimentos minha vida começou a mudar, vejo muitas coisas de uma forma diferente, não saio mais daqui com pensamentos negativos, ainda não estou curada, mas estou caminhando para uma vida nova e tenho a certeza que consigo”, concluiu Maria Inês.

Atendimento em Saúde Mental

A pessoa que está passando por problemas de saúde mental deve procurar a Unidade de Saúde do seu bairro, e poderá ser encaminhada para atendimento no Centro de Especialidades Médicas ou para os Centros de Atenção Psicossocial – Caps.

Os Caps realizam um atendimento especializado, de transtornos mentais graves e persistentes, como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas.

Por meio de uma equipe multidisciplinar oferecem diversas atividades como grupos terapêuticos, oficinas diversas – pintura em tela, marcenaria, jardinagem, prendas culinárias, atividades esportivas, passeios em pontos especiais da cidade, atendimento individual, consultas médicas clínicas e psiquiátricas, terapia individual, visitas domiciliares, buscas ativa, reunião de família, reunião e capacitação de equipe.

Todas as ações são planejadas para trabalhar algum aspecto das necessidades ou potencialidades das pessoas.

CAPS II – José Fragelli

Atendimento a adultos para transtornos mentais graves e persistentes.

Telefone: 3907-5094

Rua Tenente Melquiades de Jesus, 900, Centro

CAPS AD:

Atendimento para adultos especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas.

Telefone: 3907-5427

Rua Cabral 1208, Centro

CAPS I

Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas.

Telefone:3907-5473

Rua Cuiabá,1291, Centro