Campo Grande News em 18 de Junho de 2019
Os suspeitos do roubo da aeronave modelo Cessna 182 Skylane, em Paranaíba – a 422 quilômetros da Capital – carregavam galões de combustível no momento que chegaram ao hangar particular de onde o avião foi levado, na manhã desta terça-feira (18). Para o dono da aeronave, o empresário Samuel Garcia Alonzo, de 47 anos, a quantidade era suficiente para cruzar uma das fronteiras do país.
“Estavam municiados para abastecer e possivelmente sair do país. O avião tem autonomia de 05h de voo e, com cerca de 02h30, é possível chegar ao alcance da fronteira com a Bolívia ou Paraguai”, revelou.
Conforme as primeiras informações, os bandidos chegaram ao local pouco antes das 07h. Enquanto dois suspeitos renderam um funcionário do aeroporto, outros dois teriam ido até a casa de um piloto e o obrigado a acompanhá-los até o hangar. “Como o piloto é funcionário do aeroporto, responsável pela manutenção, provavelmente eles sabiam que ele tinha a chave de tudo”, suspeita Samuel.
De acordo com o empresário, somente ele pilotava a aeronave roubada, avaliada em R$ 1,2 milhão. A suspeita, até o momento, é de que nenhum dos assaltantes sabia pilotar o avião. Ainda segundo o dono da aeronave, o tempo da chegada dos suspeitos, para a decolagem, foi de aproximadamente vinte minutos. Os suspeitos ainda abriram o hangar, onde estavam guardadas três aeronaves, retiraram uma delas para conseguir sair com o modelo roubado e devolveram o primeiro avião.
Apesar de não suspeitar de quem tenha participado da ação, o empresário afirma desconfiar que o local já vinha sendo monitorado. “Há cerca de 45 dias, depois de voltar de uma viagem, eu pousei e guardei o avião e fui em direção ao meu carro que estava do lado de fora. Nesse momento, percebi uma movimentação estranha de duas pessoas em uma motocicleta e, depois de o passageiro aparentar ter sacado uma arma, dei ré e desviei da direção deles”, revelou.
Na ocasião, o empresário afirma ter pensado que a dupla estava com interesse em pertences pessoais que estavam dentro do veículo, mas agora acredita que haja ligação entre os casos.
A Polícia Civil segue investigando o caso. Até o momento, o piloto que teria sido levado para conduzir a aeronave não foi localizado. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil, mas o delegado responsável pelo caso estava em diligências.
O monomotor de pequeno porte roubado tem capacidade para carga de cerca de 500 quilos e transporte de piloto e outros três passageiros em rotas domésticas, com autonomia de voo de 1.695 quilômetros. É um modelo normalmente usado por empresários e fazendeiros que pilotam.
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