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Testemunha diz que, antes de atirar, suspeito fez criança ajoelhar e rezar

Campo Grande News em 10 de Junho de 2019

Enquanto era socorrido, Luis Otávio Santana de Lima, 11 anos, ferido com um tiro na barriga à queima roupa, contou que antes de atirar, o suspeito o mandou ajoelhar e rezar. O fato foi confirmado pelo irmão da vítima, de 13 anos, que presenciou a cena. A criança não resistiu e morreu antes de dar entrada no Hospital Elmíria Silvério Barbosa.

Divulgação/PM

Arma foi apreendida e levada para a delegacia da cidade

O caso aconteceu no fim da tarde de ontem (08), na Fazenda Furnas, na área rural de Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande. O suspeito pelo crime, Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 23 anos, casado com uma prima da vítima, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e homicídio doloso, quando há intenção de matar. Ao ser preso pela Polícia Militar, o rapaz alegou que o disparo foi acidental, chorou bastante e disse que não havia feito nada.

Conforme o auto de prisão em flagrante, familiares da vítima relataram que o suspeito saiu para pescar jacaré numa mata na região do Cerro Corá levando Luis e o irmão dele. Após o disparo, Ivan tentou fugir em meio à vegetação, mas foi contido pelos moradores do entorno. Um revólver calibre 22 com quatro munições, sendo uma deflagrada, foi apreendido. A vítima foi socorrida por terceiros, mas não resistiu. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia Civil do município.

Segundo relatos do irmão do menino à polícia, no retorno da pesca, o autor pediu para Luis ajoelhar e rezar o pai nosso. Ordem acatada pela criança. Depois disso, Ivan chamou os irmãos de vagabundo, foi quando Luis soltou a mão do autor. Nesse momento, Ivan teria puxado o gatilho e atirado. Após os disparos, o rapaz não falou nada e começou a chorar. A testemunha correu para chamar a mãe. Na delegacia, Ivan alegou que o disparo foi acidental, que o tiro era para acertar o jacaré. Ivan é casado com uma adolescente de 16 anos e já respondeu a processo por violência doméstica. 

A dona de casa Maria Aparecida Santana Flores, 48 anos, mãe de sete filhos contando com a vítima, disse que só deixou os filhos irem caçar com o autor, porque não sabia que ele estava armado.