Campo Grande News em 25 de Abril de 2019
Na entrevista, o defensor comentava sobre o pedido de prorrogação do prazo para concluir o inquérito sobre agressão contra o então candidato à Presidência. A Polícia Federal de Minas Gerais quer mais 90 dias para finalizar a investigação – é o segundo pedido de alongamento do prazo.
O advogado considerou normal que a polícia queira mais tempo para apuração, mas acredita que o inquérito não vai sair do ponto que chegou. “Eles não vão achar nada. Já vasculharam a vida de todo mundo, então, se houvesse algo já teriam encontrado. Afinal, estamos falando de um crime contra o presidente da República", disse ao Estadão.
O defensor fez questão de dizer que a PF revirou a sua vida, a de Adélio e da família do cliente. “Então, só se for para inventar alguma coisa”, disse sobre o pedido de prorrogação.
Sanidade mental
Adélio foi considerado semi-imputável pelo Ministério Público Federal. Isso significa que ele pode ser condenado, mas beneficiado por redução de pena, em razão de transtornos mentais apontados em laudos médicos.
Enquanto as investigações não são concluídas e a Justiça tome uma decisão sobre a sanidade mental do acusado de esfaquear Bolsonaro, Adélio segue preso. A defesa, porém, quer ao menos que ele seja levado para um hospital e não pediu habeas corpus.
O ataque
No dia 06 de setembro de 2018, Bolsonaro participava de um ato de campanha em Juiz de Fora e levou uma facada na região abdominal. Primeiro, o então candidato a presidente foi submetido a uma cirurgia na Santa Casa da cidade e, depois foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Ao todo, Bolsonaro ficou internado por 23 dias. Em janeiro, ele teve de ser submetido a outra cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia.
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