Leonardo Cabral em 15 de Abril de 2019
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense
Familiares e amigos dando apoio ao casal que perdeu o primeiro filho
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense Emocionada, Katiuscia quer uma resposta para o que aconteceu com o filho
Já o pai, Bruno Adrison, disse que além da resposta, a manifestação serve de alerta para que outros pais não passem pela mesma situação. "Quando saímos da maternidade, nos foi dito que isso o que aconteceu era um procedimento normal. Se para eles é assim, para a gente não. Foi uma vida perdida. Nossa família está unida e vamos seguir cobrando respostas”, garantiu Bruno a este Diário.
Apoio
Dando apoio ao casal e relembrando todo o sofrimento passado junto a sua esposa, Wilson Cosme Campos de Oliveira, pai da Maria, disse que há um ano convive com esse sentimento de não ter sua filha nos braços também.
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense Wilson Cosme passou pela mesma perda que o casal e veio dar apoio
Conselho de ética
Após a denúncia, a junta interventora da Associação Beneficente de Corumbá pediu à direção clínica do hospital para que apurasse os fatos e tomasse as providências legais.
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense Diretor clínico e integrante de junta interventora disseram que caso é apurado
“Logo depois, todos os resultados serão encaminhados ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso do Sul. Além da questão dos médicos, está sendo analisado todo o atendimento que foi dado à essa paciente. Se houve falhas, elas devem ser corrigidas e os responsáveis punidos”, esclareceu Lauther.
José Luiz Aquino, mencionou que a situação não envolve diretamente a Santa Casa. “Logo depois dos fatos estivemos com a família e eles foram contundentes em afirmar que não havia reclamação ligada à Santa Casa, e, sim, foi especificamente contra o ato médico. Todos os procedimentos estão sendo acompanhados, nos solidarizamos com a família, e se houver culpados, serão tomadas providências. A competência é do CRM”, explicou.
O caso Valentim
Com pouco mais de 8 meses de gestação, Katiuscia começou a sentir contrações e dores muito fortes por volta da 01h do dia 10 de março, e ainda apresentava um pequeno sangramento. Imediatamente, Bruno levou a esposa para a Maternidade de Corumbá e foi aí que começou o drama dos dois.
Bruno relatou que encontrou a porta da maternidade trancada, mas logo foram atendidos e encaminhados para a sala da médica plantonista. Porém, conforme relatos dele, a médica e a enfermeira estavam preocupadas com o sumiço da chave de um carro enquanto Katiuscia se contorcia de dor. Depois de algum tempo, ela finalmente foi examinada, a médica fez o toque e então eles foram informados que estaria tudo normal, que o casal estaria equivocado com a data de nascimento do filho e foram liberados.
Bruno disse que a dores não cessaram e que a esposa passou por muito sofrimento e na segunda-feira, 11 de março, os dois voltaram à Maternidade às 10h. Outro médico plantonista os atendeu e também disse que “não era nada”.
O casal resolveu ir a uma clínica particular e, novamente, teria ouvido que estava tudo “normal” e o médico os liberou. No entanto, as dores não cessavam e Bruno resolveu entrar em contato com o médico responsável em acompanhar o pré-natal no começo da gravidez. "Ele sim nos tratou com humanidade, saiu de uma cirurgia no hospital e a atendeu na maternidade, mesmo não estando de plantão. Mas, infelizmente, às 16h do dia 14 de março, ele constatou que o bebê já não tinha mais batimentos cardíacos. Valentim tinha 53 centímetros e pesava 3 quilos e 200 gramas.
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