Rosana Nunes em 10 de Março de 2019
Ela havia saído com amigas para comemorar o aniversário e quando retornou para casa, na alameda Adelina, bairro Universitário, foi atacada pelo ex-companheiro, Edevaldo Costa Leite, de 31 anos, que não aceitava o fim do relacionamento. Os golpes atingiram as costas, tórax, rosto e braços. Testemunhas ainda disseram que viram o homem arrastando a vítima pelos cabelos para a rua e logo acionaram a Polícia Militar.
Os bombeiros também foram chamados, prestaram o atendimento emergencial e depois a removeram para o pronto-socorro. Em seguida, a professora foi encaminhada para o centro cirúrgico da Santa Casa de Corumbá, mas não resistiu.
Reprodução/Diário Corumbaense
Edevaldo Costa, autor do crime; momento em que ele se apresentou à Polícia, ainda usando camisa com marcas de sangue da vítima
Corpo vai para Campo Grande
A família de Nádia Sol mora em Campo Grande, cidade para onde o corpo será levado. Mas antes, por volta das 18h, amigos, colegas de trabalho e alunos, fazem o velório na capela Anjo da Paz, na rua Major Gama esquina com a Dom Aquino. Ainda esta noite, o corpo segue para a Capital.
Nádia era professora de Língua Portuguesa e Inglês nas escolas municipais Pedro Paulo de Medeiros e Isabel Corrêa. Antes, também foi servidora do Estado na Casa do Trabalhador de Corumbá.
Uma campanha de doação voluntária foi realizada para arcar com os custos do translado e o valor arrecadado já cobriu as despesas. Professores e amigos que encabeçaram a campanha, informaram que nenhum valor é mais arrecadado e que o dinheiro que sobrar será enviado para as filhas, de 15 e 09 anos, e a mãe da professora. A filha mais velha presenciou o crime bárbaro e ficou em estado de choque.
Duas manifestações contra o feminicídio estão marcadas para esta segunda-feira (11) em Corumbá. Uma delas é organizada pelo movimento Mulheres da Frente Brasil Popular, às 09h, em frente ao cemitério Santa Cruz, na rua Dom Aquino.
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Marcia Ferreira Lopes: Uma tristeza sem fim, uma indignaca cada vez que leio sobre uma barbárie dessas cometida como trabalho uma mulher. Parabéns aos vizinhos que acionaram à polícia e com os relatos de que ela já vinha sendo perseguida. Uma mulher morre, todas nós morremos. PAREM DE NOS MATAR!
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