Leonardo Cabral em 05 de Março de 2019
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Abre-alas exaltou o rio Paraguai com enfoque para as cores azul e branco
Em sua comissão de frente, composta por 11 integrantes, a Caprichosos, que tem como símbolo a onça-pintada, trouxe os guardiões do rio sagrado, uma referência ao rio Paraguai, que banha a região de Albuquerque, cheio de riquezas com o alerta de preservação, com uma paz de fazer inveja pelas variedades de peixes existente em suas águas, tendo como representante o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira.
No abre-alas, o rio Paraguai foi ressaltado também como responsável em gerar renda e o pão de cada dia aos moradores daquela comunidade que através da pesca tiram o sustento da família. Na passagem das baianas, elas demonstraram a flor de vitória régia, dotada de uma beleza peculiar.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Foliões desfilaram mostrando alegria durante a passagem da escola
Outro ponto mostrado foi a guerra do Paraguai, conflito militar que teve influência na criação do distrito, bem como também uma conhecidíssima lenda, que fala sobre os moradores do antigo distrito que enterravam ouro para que não fossem roubados e devido a isso, muitos morreram sem que desenterrassem o ouro. A lenda foi lembrada no samba pelos intérpretes Lilico, Maxe, Geniel e Breno Adrison.
A religiosidade do povo do distrito, não ficou de lado. Com devoção à Padroeira de Albuquerque, mãe e protetora Conceição foi mostrada no desfile da escola de samba. A festa do Divino Espírito Santo de Albuquerque também veio para a Avenida. Logo em seguida, a bateria da Caprichosos, que não fez uso do recuo na rua Quinze de Novembro, esquina com a Avenida General Rondon, veio ditando o ritmo dos integrantes da escola, tendo no comando dos 80 ritmistas o mestre Robson Adrison, que há alguns anos está no comando da bateria e é cego.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Nanda Ferraz é a primeira transsexual à frente de uma bateria em Corumbá
Entre as 13 alas, outro ponto relembrado foi o trem do Pantanal, responsável em trazer nordestinos, sendo eles, os primeiros habitantes do distrito. Quatro carros alegóricos fizeram parte do desfile da Caprichosos de Corumbá, que tem sua sede no bairro Dom Bosco.
O desfile foi encerrado já na madrugada desta terça-feira, 05 de março, com a ala da procissão, ponto alto de uma grande festa de fé, com mastro e bandeira. A ala veio coreografada. Logo depois o carro “Albuquerque em Festa”, ressaltou o início dos festejos. Redenção, em homenagem a festa do Divino Espírito Santo de Albuquerque com pureza no olhar, pedindo bênção ao bom Jesus padroeiro do lugar. Nele estavam duas personalidades locais, o ex-jogador do Corumbaense Tuia e o empresário no ramo de beleza, Pedrinho Hair.
Uma peculiaridade foi a presença de um cachorro, que veio acompanhando os puxadores do terceiro carro alegórico.
Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Corumbá
Fundação: 29/09/2005
Presidente: Joana Baroméia, a “Baroa”
Cores: azul, vermelho e branco
Carnavalesco: Leandro Cavalheiro
Enredo: Albuquerque o paraíso é aqui!
Samba-enredo: Albuquerque o paraíso é aqui!
Compositor: Robeson Braz Leite (Robinho)
Intérprete: Breno Adrison
Mestre de Bateria: Robson Adrison
Número de componentes: 700
Número de alas: 13
Número de carros alegóricos: 04 carros + 03 tripés
Componentes da bateria: 80
Porta-bandeira: Ivana
Mestre-sala: Luís Antônio
Rainha da bateria: Nanda Ferraz
Colocação em 2018: 3ª colocada, com 177,4 pontos
Samba-enredo: Albuquerque o paraíso é aqui!
Compositor: Robeson Braz Leite (Robinho)
Arranjo e melodia: Marquinho Eskema Rio
Hoje eu vou delirar nessa magia
E Com certeza você vai sonhar
No trem da história eu vou “viajar”
Deixa essa alegria me levar. (Bis) “Lá vou eu’
Lá vou eu, no paraíso estou
Vagando nas memórias de Albuquerque, a Jóia do criador.
Nos rios de águas cristalinas, a revoada Te encantou.
O capitão que protegia, da invasão impediria.
Assim a gente se encantou.
A serpente surgiu... a lenda é viva.
O ribeirinho já chegou a tocar
Cadê o ouro? Tá enterrado. O invasor não vai achar.
Vou “Caprichando”, sigo cantando…
No rio Paraguai eu vou me banhar (Bis).
Aqui eu vou seguindo a romaria.
A margem do rio vou festejar,
Louvado seja São Sebastião,
Que o Divino não nós falte proteção.
Azul, vermelho e branco é o meu coração
Sou generoso, conhecido dessa gente.
A força da onça que me faz seguir em frente
O trem partiu, Para o futuro não tem pressa
Vem pra Albuquerque à hora é essa… (Bis)
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