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Boliviano que seguia em ambulância para Corumbá é morto a tiros na Ramão Gomes

Leonardo Cabral e Rosana Nunes em 24 de Fevereiro de 2019

Reprodução/Clave 300

Interior da ambulância onde Nelson Mosciaro foi executado

Boliviano identificado como Alfredo Regel Weber, de 48 anos, foi morto a tiros quando seguia em uma ambulância da cidade de Puerto Suárez com destino à Corumbá, por volta das 22h de sábado, 23 de fevereiro. Ele havia sido esfaqueado e era transportado na viatura do Hospital San Juan de Dios.

Após atravessar a fronteira, a ambulância teria sido parada próximo ao pedágio desativado, em frente a sede da Polícia Rodoviária Federal, na rodovia Ramão Gomes, por um outro carro, de onde um homem desceu, abriu as portas da viatura e fez os disparos de arma de fogo contra o boliviano.

Na ambulância, estavam ainda uma filha e uma irmã da vítima, além do médico plantonista, que presenciaram toda a cena, mas não ficaram feridos. Alfredo Regel estava a caminho do pronto-socorro de Corumbá, devido a gravidade dos ferimentos causados pelo esfaqueamento na região das costas e tórax. 

Ao jornal da cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra, Clave 300, o motorista da ambulância, Silvio Montero, contou como tudo ocorreu. “Passamos o pedágio brasileiro e fomos parados. Do carro, desceu um homem magro e abriu a porta direita da ambulância, fez o reconhecimento da vítima, disparou quatro tiros contra o paciente e em seguida fugiu", declarou Silvio. 

“Depois de todo o acontecido, decidi voltar para o Hospital San Juan de Dios. Fizemos o retorno e entramos novamente na Bolívia, para acionar as autoridades sobre o fato acontecido a caminho de Corumbá”, completou o motorista. Os disparos atingiram a cabeça e braços de Alfredo. Inicialmente, a família apresentou documento de um primo da vítima, Nelson Alberto Mosciaro Weber, como identificação, mas depois, a Polícia boliviana confirmou o verdadeiro nome. 

Como o próprio motorista relatou, a Polícia brasileira não foi acionada. Neste domingo (24), ainda de acordo com o Clave 300, o ministro de Governo, Carlos Romero, disse que o crime provavelmente está ligado ao narcotráfico. "Esse tipo de crime na fronteira tem ligação com o narcotráfico e pode tratar-se de vingança". 

O ministro ainda afirmou que o País tem boa relação com a Polícia Federal do Brasil e que vai pedir apoio para capturar o atirador, que agiu com a ajuda de outros comparsas. (matéria editada para correção da identificação da vítima).