Leonardo Cabral em 20 de Fevereiro de 2019
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Deslizamento atingiu varanda da casa; ninguém se feriu
De acordo com um dos filhos dele, Dimas Castello Vieira, de 23 anos, o deslizamento aconteceu por volta das 14h30. “Por sorte não tivemos feridos. Na varanda ficavam alguns pertences dele. Pelo que pude observar, um sofá e um objeto utilizado como cômoda pelo meu pai, foram atingidos. Cheguei aqui já tinha acontecido e os Bombeiros tinham chegado”, contou Dimas.
Já Magno Castello Vieira, de 33 anos, outro filho do dono da casa, contou que essa não foi a primeira vez que houve deslizamento de terra, atingindo a casa. “Na última vez ficou com mais de um metro e meio de terra amontoada, quebrando janelas, portas e danificando alguns pertences. Ninguém tinha dado assistência na época. Agora além da terra, desceram pedras, o que acabou gerando esse incidente”, disse.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Filhos do proprietário estavam no local ajudando na retirada de alguns pertences do pai
Isaque ainda revelou que, após trabalhadores da Secretaria de Infraestrutura realizarem a desobstrução da via, será enfatizado ao responsável pelo imóvel, mais uma vez, que a área é inadequada para moradia, uma vez que consta que o proprietário já foi beneficiado em programa de habitação.
“Conforme nosso mapeamento, essa localidade tinha 79 famílias. Por conta dos programas de habitação, conseguimos retirar parte dessas pessoas que ganharam suas residências. O morador já havia sido beneficiado, mas continuou na residência, mesmo sabendo do alto risco emitido pela Defesa Civil”, contou ao Diário Corumbaense o diretor da Defesa Civil, ao adiantar que o caso agora será apurado.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Funcionários da Prefeitura realizaram a desobstrução da via
Alagamento também é frequente
A moradora Laycillia Rodrigues Samaniego, que mora a poucos metros do lugar onde foi registrado o deslizamento, com o marido e o filho de colo, afirmou que além dessa situação, outra preocupação é a inundação do local mais abaixo, ao lado de uma quadra esportiva.
“Pode cair qualquer gota de chuva que aqui já alaga. Na frente da minha casa, havia uma canaleta que servia para a passagem da água, mas como fica em um terreno particular, o proprietário fechou e então toda vez que chove a frente da minha residência se torna um rio. Temos que abrir caminho no meio das pedras para que a água passe”, contou a moradora.
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