Campo Grande News em 30 de Janeiro de 2019
Segundo o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores de Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, é “fora do padrão” 99,5% dos candidatos que prestaram o concurso público para professor do Governo do Estado terem reprovado.
O resultado da primeira fase da concorrência, cuja prova foi aplicada em 16 de dezembro de 2018, saiu nesta quarta-feira (dia 30) com dado que impressiona: apenas 73 dos 14.370 concorrentes foram aprovados. Foram abertas 1 mil vagas. Em Física, por exemplo, nenhum foi aprovado. O Governo de MS ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Guilherme Henri/CG News
Candidatos reprovados na Secretaria de Administração, em protesto nesta quarta-feira
A entidade recebe reclamações formais desde os dias posteriores à aplicação da prova, afirma o dirigente. Há uma semana, então, foi pedida uma reunião com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), para discutir o assunto.
Os candidatos queixaram-se sobre tempo de prova considerado curto em relação à quantidade de questões, que foi 80, perguntas mal elaboradas, modelo de impressão da prova diferente, além de alguns questionamentos borrados, que dificultavam a leitura.
“Vários recursos foram impetrados, quatro ou cinco questões anuladas. Queremos que seja realizado um novo concurso, sem que os candidatos precisem pagar novamente. Nossa posição é de que a concorrência seja revista. Vamos tomar algumas providências, inclusive jurídicas”.
A taxa de inscrição do edital 01/2018 foi de R$ 216,16. Aplicada em Campo Grande e Dourados, a prova escrita objetiva tinha três divisões: Língua Portuguesa (15 pontos), Conhecimentos Pedagógicos e Metodológicos (25 pontos) e Conhecimentos Específicos (40 pontos).
Conforme o edital, seria considerado aprovado o candidato que obtivesse no mínimo 60% dos pontos estabelecidos para cada matéria. Desta forma, para ser aprovado, teria de fazer, ao menos, 9 pontos em Português, 15 pontos em Conhecimentos Pedagógicos e 24 pontos em Conhecimentos Específicos.
No começo da tarde desta quarta-feira, pelo menos 30 pessoas estavam em frente à SAD (Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização), em protesto. O grupo está dividido entre pedir a anulação do concurso ou a alteração da nota de corte, que determinou número recorde de 99% reprovados.
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