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Mineradoras garantem ao Imasul controle e segurança das barragens em Corumbá

Silvio Andrade, Assecom MS em 29 de Janeiro de 2019

Silvio Andrade/Governo do Estado

Ricardo Eboli, do Imasul, fala sobre os objetivos da vistoria durante reunião na sede da Vale, em Corumbá

O grupo de trabalho coordenado pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) criado para vistoriar as barragens de contenção de rejeitos de minério de ferro da Vale e da Vetorial, mineradoras que exploram as reservas minerais de Corumbá, iniciou nesta terça-feira (29) a ação preventiva para identificação da rotina operacional das instalações recomendada pelo governador Reinaldo Azambuja.

O grupo se reuniu com as duas empresas nesta tarde, quando apresentaram um relatório do planejamento de manutenção e de segurança das barragens, e nesta quarta-feira (30) ocorrerá, efetivamente, a vistoria em nove barragens – sete da Vale e duas da Vetorial - com o acompanhamento do Ministério Público Federal (MPF). As minas situam-se a 40 quilômetros a Leste de Corumbá, na Morraria do Urucum, uma das maiores reservas de minério do País.

Durante mais de duas horas, técnicos da Vale expuseram todo o plano de manutenção e de ação de emergência das suas sete barragens, algumas em processo de desativação, e garantiram total segurança na parte operacional destas unidades e também no planejamento de evacuação das comunidades ao redor em caso de algum incidente. Em novembro do ano passado, a empresa realizou uma simulação de risco envolvendo funcionários e a população.

Rota de inundação

Segundo o engenheiro Odilon Silva, gerente de operações da Vale, simulações feitas por computador indicaram que, em caso de rompimento da principal barragem no morro Santa Cruz, a Gregório, com 9 milhões de metros cúbicos de capacidade, a chamada mancha de inundação atingiria os balneários localizados no distrito de Maria Coelho, chegando à rodovia BR-262, numa extensão de 16 quilômetros. Na região residem pelo menos 200 pessoas, cerca de 20, seriam atingidas.

Silvio Andrade/Governo do Estado

Apresentação do relatório da Vetorial, na sede da Administração da Hidrovia do Paraguai (Ahipar)

Para o diretor-presidente do Imasul, Ricardo Eboli, a grande preocupação é essa mancha chegar à Baía do Jacadigo, a alguns quilômetros da rodovia, que tem ligação com o Rio Paraguai, o que causaria uma destruição ambiental sem precedentes ao Pantanal. A Vale informou que caso ocorra um incidente no fim de semana, a população flutuante na região chegaria a 600, número previsto pela gestão de crise montado pela empresa.

A Vetorial também expôs seu plano de monitoramento e de atendimento emergencial aos moradores que vivem ao redor da Morraria de Urucum, onde a empresa opera uma siderúrgica e retira o minério de suas minas. Das duas barragens – integram o sistema bacias de escavação -, a Monjolinho é a que tem maior capacidade de depósito de rejeitos: 150 mil metros cúbicos. A vistoria às minas da Vetorial ocorrerá às 09h desta quarta; às da Vale, às 14h.

A procuradora federal Maria Olívia Pessoni Junqueira participou das reuniões técnicas com as duas mineradoras. Presentes também Ricardo Eboli, do Imasul; deputado Felipe Orro, da comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa; Marcos Derzi, da Sudeco; e representantes da Prefeitura de Corumbá, Defesa Civil do Estado; Corpo de Bombeiros; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MS) e Polícia Militar Ambiental.

Comentários:

Roberto Lins: Estiveram presentes na reunião também representantes da OAB Subseccional de Corumbá

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