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Marinha inaugura canil e cães ajudarão no combate ao tráfico de drogas na fronteira

Leonardo Cabral em 24 de Janeiro de 2019

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Ao todo, cinco cães integram o Canil Lobão, instalado no 6° Distrito Naval

A fronteira de Corumbá com a Bolívia, passa a contar com mais cinco aliados no combate aos crimes transfronteiriços, como  tráfico de drogas e armas. Trata-se de cães, que integram a Seção de Cães de Guerra e o Canil Lobão, inaugurado pelo Comando do 6º Distrito Naval na quarta-feira (23)

O Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa) coordena o canil. Segundo o comandante, capitão-de-fragata, Cláudio Zupo Valente, os cachorros estão em fase de adestramento, porém com uma evolução surpreendente.

“Estamos reforçando a capacidade operativa para o Grupamento de Fuzileiros Navais, com o emprego desses cães, que irão atuar na detecção de entorpecentes que é o nosso projeto inicial e depois podemos adestrá-los para detecção de armas, explosivos e outras situações. Seguindo a literatura existente em adestramento de cães, até outubro, eles estarão prontos para atuarem, mas a evolução está sendo grande e considero que mesmo antes do programado, eles já estejam nos ajudando nos trabalhos de operação da Lei e Ordem em nossa região de fronteira”, explicou Cláudio Zupo.

O contra-almirante Carlos Eduardo Horta Arentz disse que os cães terão papel fundamental nas ações da corporação na região de fronteira. “Os cães terão importância fundamental para as atividades que a Marinha desenvolve na região Oeste do nosso país. Temos uma área de jurisdição que acomoda os estados de MS e MT, e, com essa capacidade que agora estamos nos ajustando, os cães poderão dar apoio na repressão ao tráfico e também em atividades no âmbito específico da defesa do território, atuando em parceria com outros órgãos de segurança pública”, afirmou o contra-almirante Arentz ao Diário Corumbaense.

Trabalho de adestramento

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Cães deverão começar atuar até outubro ou antes, devido a evolução nos treinamentos, garantem adestradores

Atualmente, o canil conta com cinco cães em fase de adestramento, sendo quatro filhotes da raça Pastor Belga Mallinois e um filhote da raça Border Collie. Desse total, três animais vieram do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, um do Rio de Janeiro e outro de um canil de Campo Grande. Todos os cachorros foram doados ao 6° Distrito Naval de Ladário.  

Um dos responsáveis pelo adestramento, cabo Martinez, disse que os trabalhos tiveram início logo com a chegada dos primeiros cães, que foram os da raça Border Collie. “Como não tínhamos as instalações prontas, ele ficou em minha casa, onde dei início às atividades de adestramento que funciona basicamente com a obediência do cão, fazendo o que queremos de forma repetitiva, sempre no final o animal ganhando a recompensa. São atualmente 50 minutos na parte da manhã e na parte da tarde com treinamentos básicos e técnicos, como o faro de entorpecentes”, detalhou Martinez.

O encarregado da seção, tenente Diniz, explicou que o cão precisa atingir uma idade certa, para dar início nas atuações. “É ensinar o trabalho para o animal e depois amadurecer, já que nas operações reais, os cachorros ficam expostos a situações adversas, por isso é necessário que ele comece na idade certa”, completou.

A equipe responsável pelos trabalhos com os cachorros é composta por três sargentos, quatro cabos e quatro soldados.

Homenageado

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Inauguração do canil contou com a presença de autoridades e familiares do homenageado

O nome do canil é em homenagem ao capitão-tenente auxiliar fuzileiro naval Rogério Lobão de Oliveira. Ele ingressou nas fileiras do corpo de Fuzileiros Navais como soldado, servindo vinte e seis anos, cinco meses e dezoito dias de efetivo serviço na Marinha do Brasil, sendo três anos, oito meses e seis dias no Grupamento de Fuzileiros Navais.

O oficial faleceu em 15 de outubro de 2016, sendo que nesta ocasião, mesmo na reserva, continuou servindo à Marinha do Brasil como prestador de Tarefas por Tempo Certo (ttc) na função de encarregado da divisão de segurança orgânica do Comando do 6° Distrito Naval.