Campo Grande News em 17 de Dezembro de 2018
Em Mato Grosso do Sul há 679 propriedades rurais, tanto em nome de empresas, quanto de pessoas de outros países. Segundo o levantamento, as principais atividades por aqui são pecuária, agricultura e reflorestamento. Os países com maior presença no território sul-mato-grossense, aponta a pesquisa, são Portugal, Japão, Espanha, Paraguai e Líbano.
O levantamento foi motivado por declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), sobre a preocupação com a presença chinesa em terras brasileiras. Segundo Bolsonaro, os chineses tem avançado sobre “nossas terras agricultáveis” e que, dessa forma, “a segurança alimentar do País está em risco”.
O que a pesquisa do jornal mostra, no entanto, é que essa não é a realidade fundiária do País. A China, afirma o Estadão, tem atuação “quase irrelevante”. As declarações de Bolsonaro também não devem agradar a bancada ruralista. Isso porque desde o ano passado deputados tentam emplacar projetos para tornar mais flexível a legislação que permite a venda de terras para estrangeiros no Brasil. O jornal afirma que, por enquanto, a venda de terras segue parada desde 2010.
Estados com maior presença de estrangeiros
Minas Gerais, na região Sudeste, lidera o ranking dos estados com mais propriedades rurais nas mãos de estrangeiros. São 653.798 hectares. Em seguida está Mato Grosso, com 467.032 hectares, São Paulo com 386.417, Pará, com 340.179 hectares e Bahia com 292.236 hectares.
Para contabilizar a presença de estrangeiros, o jornal acessou o SNCR (Sistema Nacional de Cadastro Rural), banco de dados administrado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). As informações contemplaram áreas compradas ou arrendadas, localização, quem são os donos internacionais dessa terra e para que a utilizam.
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