Campo Grande News em 19 de Novembro de 2018
Divulgação
Marcelo Piloto em helicóptero da Força Aérea paraguaia que o levou da cadeia para aeroporto
De acordo com a “ata de expulsão”, assinada por autoridades do setor de migrações do Paraguai e pelo próprio Marcelo Piloto, o narcotraficante foi entregue ao delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Vieira Biachi, no posto de controle migratório, na Ponte da Amizade.
Levado em um helicóptero da Força Aérea paraguaia do quartel da Agrupación Especializada, onde estava preso, para o Grupo Aerotático da Força Aérea Paraguaia, na cidade de Luque, a 15 km de Assunción, a capital paraguaia. De lá, foi levado de avião para Ciudad Del Este.
Em seu perfil no Twitter, o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse que decidiu expulsar Marcelo Piloto, para que seu país "não seja terra de impunidade para ninguém".
O governo brasileiro ainda não se manifestou sobre qual o destino do bandido carioca e um dos principais líderes da facção Comando Vermelho que por cinco anos circulou livremente pelo Paraguai mandando drogas e armas para os morros cariocas.
Marcelo Piloto tem 43 anos de idade e desde a juventude está no mundo do crime. Ele está condenado a 26 anos de prisão por assalto e homicídio no Rio de Janeiro, sendo 15 anos ainda a serem cumpridos.
O bandido foi preso em dezembro do ano passado em Encarnación e levado para a sede da Agrupación Especializada por medida de segurança. Nos últimos meses, aumentaram os boatos de uma tentativa de resgate do criminoso.
Em outubro, a polícia paraguaia prendeu cinco cariocas, entre eles a mulher de Piloto, em duas casas em Assunção. Eles estavam com um arsenal, que seria usado no plano de resgate.
Algumas semanas depois, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) matou três brasileiros em uma casa na cidade de Presidente Franco. Com os bandidos foi encontrado um carro-bomba com 84 quilos de dinamite. O Paraguai diz que o carro seria usado para tentar resgatar Marcelo Piloto.
No sábado (18), Marcelo Piloto matou dentro da cela onde estava a jovem Lidia Meza Burgos, 18, que o visitava pela segunda vez. A intenção seria evitar a extradição. Lidia foi morta com 16 golpes de faca.
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