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Praça do CEU vem sendo alvo constante da ação de vândalos

Ricardo Albertoni em 16 de Outubro de 2018

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Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Construído para ser local de referência de cultura, esporte e lazer para os moradores da alta de Corumbá, o CEU sofre com a ação de vândalos

Puro vandalismo. Essa é a definição de um funcionário sobre o que vem acontecendo com alguns espaços do Centro de Arte e Esporte Unificado (CEU) de Corumbá desde a sua inauguração em 2015. O local que foi construído através de uma parceria entre a Prefeitura de Corumbá e o Governo Federal para ser referência de cultura, esporte e lazer para os moradores da alta de Corumbá, sofre com a ação de vândalos.

Funcionários e o Poder Público resistem e ainda conseguem manter em bom estado algumas áreas como o gramado, o espaço para as atividades esportivas, a biblioteca, entretanto, outros pontos, principalmente os que não podem ser constantemente vigiados, como banheiros, acabam se tornando os alvos preferidos do vandalismo.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Durante o feriado passado mais uma ação: foi quebrada uma pedra de granilite que dividia os sanitários

Algumas lixeiras já não existem mais. Em vários pontos da grade que delimita o espaço é possível ver aberturas; um dos bebedouros nem funciona, mas o que mais chama a atenção é o estado dos banheiros, tanto feminino quanto masculino. Da porta, já dá para se ter uma noção do estrago: pias soltas, vasos sanitários quebrados, lâmpadas furtadas, paredes pichadas. Durante o feriado passado mais uma ação: foi quebrada uma pedra de granilite que dividia os sanitários. É possível que o material tenha sido danificado quando indivíduos tentavam subir no telhado do banheiro onde fica a caixa d’água para “tomar banho”.

“A depredação é constante desde a inauguração em 2015. Logo na primeira semana já percebíamos isso. Grande parte da comunidade tem se envolvido em atividades principalmente na biblioteca, mas, alguns que não frequentam esse espaço acabam depredando”, disse ao Diário Corumbaense um funcionário, que preferiu não se identificar.

Além de vandalismo, o CEU, batizado com o nome da ativista cultural Heloísa Urt, também se tornou durante os anos de atividade, alvo de ladrões. De acordo com o diretor-executivo da Ageseg (Agência Municipal de Segurança), o tenente-coronel PM César Freitas, tratam-se de usuários de drogas. De acordo com ele, as rondas tanto das equipes de plantão no espaço público, quanto da ROMU (Rondas Municipais) da Guarda Municipal são frequentes, mas isso não tem inibido a ação dos criminosos.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Presença de agentes, além de rondas da ROMU, não tem inibido a ação dos criminosos

“Aquela praça é para toda a região e a GM cuida de todos os prédios públicos do município, aproximadamente 160 prédios, entre eles escolas municipais, pontos turísticos. Ali tem o pessoal que faz a segurança, além do pessoal da ROMU, que faz as rondas, mas nem isso foi suficiente para inibir a ação de vândalos. É o problema da droga no município, temos grande número de dependentes químicos na rua que para poder sustentar o vício deles furtam e quando não conseguem retirar, eles depredam”, explicou Freitas a este Diário.

De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Ricardo Ametlla, a única certeza é que no final das contas, quem paga todo o prejuízo é o contribuinte. Ametlla explicou que ainda não realizou o levantamento dos estragos e que assim que o fizer, ainda esta semana, deve saber qual modalidade de contratação será necessária para que os banheiros sejam reformados e estejam em condições de uso para a população.

“É de lamentar isso, esse vandalismo que ocorre não só na Praça CEU, mas a gente observa isso em vários equipamentos públicos do município. Orientamos a população que sempre que observar essa situação, denuncie, pois no final somos todos nós que vamos pagar essa conta. A Seinfra fará o levantamento, vai ver o custo e conforme isso vamos ver se vamos imputar em uma compra direta ou se vai ser uma carta convite. Sem antes a gente fazer esse levantamento não podemos dizer qual será a modalidade de contratação, mas, no final das contas é o munícipe de bem que contribui com seu IPTU que garante isso aí. Esse vandalismo atinge todos nós”, explicou o secretário.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Enquanto isso, a maior parte da população sofre com os estragos feitos por alguns

Enquanto isso, a maior parte da população sofre com os estragos feitos por alguns. “Eu não sou da cidade, mas como está muito calor decidi trazer meu filho e vi como está. Não dá nem pra usar os banheiros. Sou de Belém do Pará, mas essa é realidade em todo Brasil. O problema é na formação das pessoas, elas não têm aquele cuidado com o que é de todo mundo e acabam prejudicando até elas mesmas”, disse uma visitante que preferiu não se identificar.

Denúncias

Se alguém presenciar ou souber alguma informação sobre atos de vandalismo ou furto que acontecem em prédios públicos, pode fazer a denúncia para a Polícia Civil (3234-7100); para o Centro de Comunicação da Guarda Municipal (153) ou para a Polícia Militar (190).

O crime de dano contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista é previsto no artigo 163 do Código Penal e consiste em destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

Comentários:

José Mendes: É a mesma coisa que jogar pérola pra PORCO. Daí fica reclamando que prefeitura não limpa, que não arruma, quem e a administração pública não presta. É o mesmo povo que é pai de vândalos. Não é um ou outro. É um bando de gente. É só ver as pichações.