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Candidatos de fora "abocanharam" grande quantidade de votos em Corumbá

Rosana Nunes em 08 de Outubro de 2018

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Corumbá e Ladário têm eleitorado de mais de 82 mil pessoas

Corumbá tem representante na Assembleia Legislativa a partir de 2019. O último havia sido Paulo Duarte, eleito em 2010 com 40.991 votos, mas que deixou o cargo no meio do mandato para disputar a Prefeitura de Corumbá, que administrou de 2013 a 2016. Em 2014, tivemos possibilidade de eleger dois deputados estaduais: o falecido ex-prefeito Ruiter Cunha e o atual prefeito, Marcelo Iunes. Ambos acabaram ficando na suplência. Ruiter teve 18.502 votos e Iunes, 13.124 votos.

Com eleitorado de quase 82 mil pessoas, Corumbá e o município vizinho, Ladário, têm condições de eleger um deputado federal, o que não acontece há mais de 25 anos e, pelo menos, dois deputados estaduais. Mas, sem o entendimento da importância de ter representante próprio, parte dos eleitores, continua dando votos a candidatos que vêm de fora.

É verdade também que nossos políticos não se entendem. Basta lembrar do "pacto político" que tinha a intenção de fechar apoio a candidatos que tivessem condições de se eleger. Na prática, nada disso ocorreu. Foram vários candidatos a deputado estadual e outros tantos para federal. Apenas Evander Vendramini (PP), atual presidente da Câmara de Vereadores de Corumbá, conseguiu uma das 24 vagas na Assembleia Legislativa.

Mas, Evander contou muito com o "efeito Bolsonaro", o candidato a presidente do PSL, que aqui em Mato Grosso do Sul turbinou a votação de seus candidatos. O partido de Evander estava na coligação do PSL, que fez sete deputados estaduais por causa da grande votação que Capitão Contar e Coronel David receberam. Juntos foram mais de 124 mil votos, o que deu condições de eleger mais cinco.

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Com mais de 12,5 mil votos, Evander contou com votação expressiva de sua coligação

Evander foi eleito com 12.627 votos. Quase a mesma votação que candidatos de fora receberam aqui, algo em torno de 12.500 votos. Número que poderia ter reforçado a votação e talvez garantido a eleição do ex-prefeito Paulo Duarte (MDB) que obteve 17.343 votos e de Chicão Viana (Solidariedade) que teve 9.376 votos.  

A Justiça Eleitoral registrou um total de 47,5 mil votos válidos, um índice de 81,42% do total de eleitores de Corumbá. Os 12,5 mil votos dados a candidatos de fora correspondem a cerca de 26,3% dos votos válidos do município.

Câmara Federal

Para deputado federal, a situação sempre é mais complicada. Beatriz Cavassa (viúva de Ruiter) disputou pela primeira vez uma eleição pelo PSDB. Foi a mais votada na região com 17.834 votos, enquanto Carlos Machado (PT) teve 5.158 votos; João Lucas, do PR, 5.521 e Eduardo Ferrufino (Novo), 3.525 votos. Estes, os candidatos da região que receberam mais votos.

O índice de abstenção foi  de cerca de 24%. 39.471 pessoas compareceram para votar, ou 75,82% do total de eleitores aptos. Foram 18 mil 116 votos dados a candidatos de fora, que correspondem a cerca de 46% do total de votos dos corumbaenses, ou seja, quase a metade dos votos foi para fora. Infelizmente, continua sendo o reflexo do voto "inconsciente". 


Comentários:

natanael elias de barros : deveria ser publicado o nome dos nossos vereadores que apoiaram deputados que não é da cidade ,para conhecermos quem realmente trabalha em prol de corumbá

JACKELINE MARTINS : E UMA VERGONHA NÃO ELEGERMOS GENTE DA NOSSA CIDADE QUE PODERIA FAZER POR NOSSA CIDADE ELEGEM CANDIDATOS DE OUTRAS CIDADES AGORA JÁ ERA

Ivan Luiz Mendonça de Barros : Concordo com o Natanael, como é a eleição pra vereador também, saem vários candidatos pra ajudar eleger os mesmos vereadores de sempre. Mas já houve uma boa mudança, um NOVO jeito de fazer política!

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