Um dos presos era o noivo
Campo Grande News em 22 de Setembro de 2018
Divulgação/PF Foto aérea mostra o hotel resort onde seria o casamento nesta tarde
Três dos quatro líderes da organização criminosa presos na manhã deste sábado (22), na Operação Nepsis, se preparavam para festa de casamento nesta tarde, em um resort em Maceió, Alagoas. Um deles era o noivo, que não teve o nome divulgado. A festa seria no Jatiúca Hotel Resort, lugar com diária de mais de R$ 600 e conhecido com um dos 10 melhores resorts de Alagoas. Além de frustrar o festão que ocorreria no fim da tarde de hoje, a Polícia Federal apreendeu dinheiro e joias com os integrante da quadrilha, hospedados no hotel.
O quarto homem, alvo da operação, foi preso em Eldorado quando pescava em um rio no fundo de casa. Além dos cigarreiros, doze policiais estão presos. Segundo o delegado da Polícia Federal, Cleo Mazzotti, os quatro líderes já tinham sido alvos de outra operação da Polícia Federal, em Naviraí, em 2011. Na época, o grupo conseguiu escapar e fugir para o Paraguai, mas continuou atuando. Em julho deste ano, o crime foi prescrito e eles voltaram a dar as caras publicamente. "O casamento surgiu como oportunidade única para prendê-los".
Ainda conforme o delegado, até o começo da tarde deste sábado já haviam sido cumpridos 29 dos 43 mandados de prisão, sendo 20 contrabandistas, seis policiais rodoviários federais, quatro policiais militares e dois policiais civis. Também foram apreendidos R$ 250 mil em dinheiro e vários bens como carros, lanchas, jet ski e mercadorias contrabandeadas.
Os mandados foram cumpridos em quatro Estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas, nas cidades de Dourados, Amambai, Iguatemi, Bataguassu, Mundo Novo, Eldorado, Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Presidente Epitácio (SP).
Conforme a investigação, o esquema em mercadorias contrabandeadas já causou prejuízo de R$ 1,5 bilhão para os cofres públicos. No total, serão cumpridos 86 mandados de prisão e de busca e apreensão. Estima-se que, no ano passado, segundo a PF, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
O nome da operação faz referência a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena. A ação conta com apoio da PRF, Receita Federal, apoio logístico do Exército Brasileiro, da Força Aérea Brasileira e das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.
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