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Número de presos na Operação Vostok chega a 11 pessoas

Campo Grande News em 12 de Setembro de 2018

Mais um dos alvos de mandados de prisão na Operação Vostok se apresentou nesta quarta-feira (12) à Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. O pecuarista Zelito Ribeiro, de Aquidauana, chegou no fim da tarde ao local, na Vila Sobrinho, onde deve permanecer até esta quinta (13), quando será ouvido. A informação foi apurada junto a pessoas próximas de Zelito e eleva para 11 o número de detidos na investigação.

A advogada Andreia Flores, esteve no local, mas não conseguiu contatar seu cliente. Segundo ela, Zelito deve prestar depoimento junto com outros envolvidos a partir das 09h30.

Além de Zelito, aguardava-se cumprimento de mais dois mandados de prisão temporária – com validade de cinco dias–, envolvendo o corretor de gado José Ricardo Guitti Guimaro e o também pecuarista Elvio Rodrigues.

O produtor rural e ex-prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, informou às autoridades que se apresentará nesta quinta, pois está em viagem.

A Vostok foi deflagrada pela manhã, visando o cumprimento de 14 mandados de prisão temporária. Foram presos Rodrigo Souza e Silva, filho do governador Reinaldo Azambuja(PSDB), o deputado estadual e produtor rural Zé Teixeira (DEM), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, o pecuarista Francisco Carlos Freire de Oliveira, Miltro Rodrigues Pereira, Ivanildo da Cunha Miranda (delator da Lama Asfáltica), o empresário João Roberto Baird, Antônio Celso Cortez (dono da PSG Tecnologia Aplicada), Osvane Aparecido Ramos (ex-prefeito de Dois Irmãos do Buriti) e Rubens Massahiro Matsuda.

Investigação

A Vostok teve início com a delação premiada dos irmãos Wesley e Joesley Batista, do Grupo J&F –controlador da JBS–, que apontaram a existência de um esquema de pagamentos por meio de notas frias destinadas ao atual governador, valendo-se de Tares (Termos de Acordo de Regime Especial). 

Mais de 220 policiais foram mobilizados para cumprir 14 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão de documentos. A operação decorre de inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da J&F de troca de incentivos fiscais por propinas em Mato Grosso do Sul.

Segundo despacho do ministro Feliz Fisher, o Ministério Público Federal aponta um esquema de pagamentos de propinas da empresa do ramo frigorífico a políticos era dividido em três núcleos e rendeu lucro de ao menos R$ 67.791.309 aos denunciados. As fraudes teriam somado prejuízo de R$ 209 milhões ao Estado entre 2014 e 2016.

A Operação Vostok apurou ainda que as fraudes causaram prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres estaduais, entre 2014 e 2016.