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Fundação inicia projeto para ocupar vazios urbanos com hortas comunitárias e áreas de lazer

Fonte: Assessoria de Comunicação da PMC em 12 de Agosto de 2018

Renê Marcio Carneiro/PMC

Projeto piloto está sendo executado no Lar de Ismael

A Fundação do Meio Ambiente do Pantanal quer ocupar os vazios urbanos de Corumbá com hortas comunitárias e áreas de lazer. Um projeto piloto vem sendo executado no bairro Dom Bosco e deve ser estendido, em breve, para uma área no Centro da cidade, próxima a Escola Municipal Pedro Paulo de Medeiros.

De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, Ana Cláudia Boabaid, o objetivo do trabalho é melhorar a estética do local, diminuir a incidência de doenças provocadas pelo acúmulo de lixo nos terrenos baldios (como a dengue, o zika vírus e a chikungunya, por exemplo) e facilitar a ação das Forças de Segurança Pública nessas regiões, uma vez que os terrenos abandonados podem servir de esconderijo para aqueles que cometem pequenos ou grandes delitos.

O projeto pode ser desenvolvido tanto em áreas públicas quanto particulares, desde que com anuência do proprietário. Além de implantar uma horta comunitária, a intenção é construir aparelhos de lazer e de prática esportiva a partir de materiais que seriam descartados no lixo, como pneus. Praticamente toda matéria prima usada nesse programa de revitalização seria reciclado ou reaproveitado, inclusive as próprias sementes das verduras e vegetais.

No Lar de Ismael, onde a trabalho vem sendo executado em fase experimental, foram plantadas diversas hortaliças e verduras, tudo com sobras das feiras livres. Uma composteira seca foi construída com resto das podas de árvores feitas por toda a cidade e com esterco recolhido nos assentamentos da região. O material serve para melhorar o solo e garantir uma melhor produtividade dos canteiros.

Minhocas também estão sendo criadas e utilizam restos de lixo orgânico para produzir um fertilizante natural. “Queremos capacitar pessoas da comunidade para que elas assumam e cuidem dessas áreas. A intenção é mobilizar a maioria dos moradores do entorno para fazerem parte dessa revitalização”, detalhou o biólogo Wellinton de Sá Arruda, da Fundação do Meio Ambiente.

Na etapa que está perto de se iniciar, outro objetivo é incluir os alunos da escola que fica perto da área. “Queremos inclusive fazer o plantio de espécies PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), como o cururu, o amarra pinto e a beldroega, que possuem vários benefícios para a saúde”, completou o idealizador do projeto piloto.

Vazios urbanos

Os vazios urbanos são áreas construídas ou com trabalho social em seu entorno, resultantes do crescimento urbano. Ou seja, é toda área parcelada ou não parcelada localizada em meio à malha urbana, em situação de subocupação ou desocupação.

O Programa de Revitalização tem como grande foco a padronização de ações que possam ser adaptadas à ocupação dos diversos tipos de vazios urbanos de Corumbá para que os mesmos ganhem função, importância e deixem de ser áreas de risco, com a premissa da prática da educação ambiental, do cultivo dos bons costumes de vivência em comunidade, da construção de bons hábitos ambientalmente corretos e da desconstrução de hábitos ambientalmente incorretos.

Dentro do Programa, serão executados os seguintes projetos: ensino da construção, manutenção e uso de hortas comunitárias com hortaliças comuns e plantas PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e jardins com plantas medicinais; gerenciamento de resíduos orgânicos domésticos com foco na produção de composto; construção de uma área de convivência e recreação em vazios urbanos com materiais reaproveitáveis; construção de uma área destinada ao ensino informal e ações comunitárias, em vazios urbanos; e academia ao ar livre construída com materiais reaproveitáveis.

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