Campo Grande News em 06 de Agosto de 2018
Na sequência, a Secretaria Judiciária da Corte apontou um equívoco e que a ação deveria ter sido encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes. Já a defesa de Puccinelli quer que o pedido seja distribuído para o ministro Marco Aurélio Mello, o primeiro magistrado do Supremo a julgar ações referentes à Lama Asfáltica.
Desta forma, o habeas corpus só vai caminhar depois da escolha do relator, que pode tanto decidir sozinho, numa decisão monocrática, ou repassar para o colegiado. No dia 20 de julho, num desdobramento da fase Papiros de Lama, a quinta da Lama Asfáltica, a PF (Polícia Federal) prendeu o ex-governador, o seu filho André Puccinelli Júnior e o advogado João Paulo Calves.
As prisões estão relacionadas à lavagem de dinheiro por meio do Instituto Ícone, cujo dono oficial é Calves, apontado como testa de ferro de Puccinelli Júnior. Além de ocultação de provas numa quitinete, onde foram encontrados documentos do ex-governador.
A defesa de Calves informa que gostaria de mais celeridade, mas avalia a tramitação no Supremo como normal, apesar de se tratar de réu preso. “Nós gostaríamos que fosse dado maior celeridade. Estamos acompanhando e tem um advogado em Brasília cuidando do assunto. Estamos torcendo muito para decisão nesta semana”, afirma o advogado André Borges.
Pedidos de liberdade já foram negados pelo TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e STJ (Superior Tribunal de Justiça). A reportagem não conseguiu contato com a defesa do ex-governador e o filho.
Calves está preso em uma sala especial no Presídio Militar de Campo Grande, que tem essa prerrogativa prevista em lei por ser advogado. Já o advogado Puccinelli Júnior abriu mão da sala para ficar ao lado do pai numa cela especial no Centro de Triagem Anísio de Lima, destinada a presos com ensino superior.
Escritório
Na semana passada, a cela de Puccinelli virou ponto de visitação de parlamentares e ministro para discutir o processo eleitoral com o ex-governador, que era pré-candidato ao governo e desistiu após a prisão. No entanto, a romaria de políticos foi suspensa na última sexta-feira (dia 03).
O juiz Alexandre Antunes, corregedor do Centro de Triagem, determinou o veto às reuniões políticas no local. O magistrado pediu explicação sobre visitas fora dos horários pré-determinados e também determinou a proibição das reuniões políticas.
No último sábado (04), ao lançar a candidatura ao governo do Estado, a senadora Simone Tebet (MDB) reclamou que Puccinelli está numa cela com mais de 20 pessoas e usa gordura para conservar a carne, pois não tem geladeira.
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